Acusado de matar homem em briga de trânsito é condenado a 16 anos de prisão em Varginha
O homem acusado de matar Daniel Messano após uma briga de trânsito, em 2016, foi condenado a 16 anos de prisão pelo júri popular nesta terça-feira (2), em Varginha. Conforme a sentença, Pedro Augusto de Souza cumprirá a pena em regime fechado.
O julgamento teve início pela manhã e terminou já durante a noite desta terça-feira. Pedro Augusto de Souza é acusado de matar Daniel Borges Messano a facadas na frente da filha de sete anos após uma briga de trânsito. O crime ocorreu em frente a um restaurante da região central da cidade.
Segundo o Tribunal de Justiça, 25 pessoas foram convocadas e cinco delas compuseram o júri popular. Ainda de acordo com o Tribunal de Justiça, apenas cinco familiares de cada parte puderam estar presentes no julgamento. O uso de máscara era obrigatório por conta da pandemia.
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Ao todo, na parte da manhã, 13 testemunhas prestaram depoimento. Uma delas testemunhas foi a viúva de Daniel, que espera pela condenação de Pedro Augusto de Souza.
“Ele falava alto, não gritava com as pessoas e não saia brigando na rua. Eu gostaria que ele fosse condenado, porque a gente tem que ter essa resposta”, afirmou Ana Lúcia Messano.
O advogado de Pedro Augusto de Souza, acusado pelo crime, alegou legítima defesa. “Protegido pela legitima defesa após ter sofrido xingamentos, agressões, murros”, declarou Fábio Gama, advogado.
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O crime
Daniel Borges Messano, de 41 anos, levou duas facadas durante uma briga de trânsito em frente a um restaurante no Centro de Varginha. O crime aconteceu no dia 15 de agosto de 2016. Uma testemunha que estava no local disse que os dois começaram a discutir porque um deles estaria parado irregularmente no local.
Messano foi atingido no peito e no queixo. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Bom Pastor, mas não resistiu aos ferimentos. A filha dele, de 7 anos, estava no banco de trás do carro e viu toda a ação.
O acusado pela agressão, Pedro Augusto de Souza, fugiu do local após a confusão, mas testemunhas anotaram a placa do carro e ele foi localizado menos de uma hora depois no trevo de Elói Mendes (MG). Em depoimento à polícia, o motorista admitiu ser o autor da agressão e disse que a confusão teria começado quando ele estacionou para pegar um marmitex no restaurante.
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Souza alegou legítima defesa. “Do jeito que ele já desceu, foi sem diálogo, sem conversa. Foi onde ele já me desferiu esse murro aqui na boca. Eu olhei e falei ‘nossa, o que eu fiz? Que que eu fiz, ‘né’? Uma besteira que eu fiz, por causa de um marmitex”.
O agressor usou uma faca de 20 centímetros, que estava no carro, para atacar a vítima. Pedro foi preso e encaminhado para o presídio de Varginha, mas foi solto em 2017.