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Polícia Civil investiga estupro coletivo e morte de jovem em Ubatuba, SP

Suspeito de 24 anos confessou o crime; Justiça negou pedido de prisão preventiva

Por Redação | Porta A Gazeta RM

A Polícia Civil de Ubatuba investiga o caso da jovem Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 20 anos, encontrada morta na manhã desta sexta-feira (15/08). Segundo as investigações do Setor de Investigações Gerais (SIG), Sarah teria sido vítima de estupro coletivo e, em seguida, assassinada por um homem de 24 anos, que confessou o crime em depoimento.

O suspeito relatou que Sarah esteve em uma adega no bairro Rio Escuro, na noite de domingo (10/08), por volta das 23h. No local, segundo ele, havia quatro homens além dela. Questionado pela delegada responsável, o investigado afirmou em mais de uma ocasião que a jovem estava no local para “programa”.

De acordo com o depoimento, Sarah foi obrigada a manter relações sexuais com os cinco homens. O suspeito confirmou que nada ocorreu de forma voluntária e disse que há vídeos registrando o abuso.

Após o crime, Sarah deixou a adega acompanhada do investigado e foi até a casa dele. Lá, segundo o próprio depoimento, após uma discussão e sob efeito de álcool e drogas, o homem a enforcou e enterrou o corpo. Ele também afirmou ter jogado o celular da vítima em um rio.

Prisão negada pela Justiça

A autoridade policial representou pela prisão preventiva do suspeito, com parecer favorável do Ministério Público. No entanto, a juíza responsável pelo caso negou o pedido. O Ministério Público informou que recorrerá da decisão já neste sábado (16/08).

Localização do corpo

Equipes da Polícia Civil, com apoio da PM, iniciaram buscas após denúncias de que Sarah estaria enterrada próximo a uma cachoeira no bairro Rio Escuro. Durante as diligências, um jardineiro teria informado sobre o envolvimento do investigado, que acabou localizado e confessou o crime, indicando o ponto exato onde havia enterrado a vítima.

A perícia do Instituto de Criminalística de Caraguatatuba esteve no local e realizou a recognição visiográfica da cena. Após os trabalhos, o corpo foi encaminhado ao IML para exame necroscópico, que determinará oficialmente a causa da morte.

Com a confirmação do homicídio, o boletim de ocorrência foi atualizado, deixando de ser classificado como desaparecimento de pessoa para homicídio qualificado por motivo fútil (artigo 121 do Código Penal).

Repercussão

Sarah era filha do pastor Leonardo Pereira dos Santos, que agradeceu as mensagens de apoio recebidas:

“Venho por essa mensagem agradecer a todos que ajudaram. Mas a Sarah foi encontrada… está morta”, publicou nas redes sociais.

A jovem havia saído da Vila Progresso, em Jundiaí, para passar o fim de semana em Ubatuba. Seu último contato com a família foi no dia 9 de agosto, às 22h. A mãe registrou boletim de ocorrência de desaparecimento no dia 12.

Nas redes sociais, o pai desabafou:

“Minha filha curtia a vida, usava drogas, gostava de baile funk, mas me diga aí hoje, essa juventude, quem não faz isso? Julgar é fácil, mas a realidade de pai e mãe não é.”

Foto: Reprodução

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