Prisões foram decretadas pela Justiça com base na Lei Henry Borel; celulares foram apreendidos e filhos acolhidos
Por Redação | Porta A Gazeta RM
Uma mulher de 30 anos e um homem de 32 anos foram presos nesta quarta-feira (1º) pelo crime de homicídio qualificado contra uma criança de três anos, em caso enquadrado na Lei Henry Borel. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Volta Redonda.
De acordo com a investigação, o casal é apontado como responsável pelas agressões que resultaram na morte de Ravi Lucca. A prisão ocorreu na Avenida Major Aníbal de Oliveira, no bairro Santa Cruz, em Volta Redonda.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu os celulares dos investigados, que serão submetidos à perícia técnica. Além disso, foi cumprida decisão da Vara da Infância e Juventude que determinou o acolhimento dos demais filhos da investigada — um menino de seis anos e duas meninas, de quatro e um ano — todos encaminhados ao abrigo municipal.
Segundo as autoridades, uma das crianças pode ter presenciado as agressões contra a vítima e está recebendo acompanhamento psicológico.
A prisão temporária do casal tem prazo inicial de 30 dias, período em que serão realizadas diligências complementares para esclarecer a dinâmica dos fatos.
O caso
Em 15 de setembro de 2025, a mãe levou o filho de três anos a uma Unidade Básica de Saúde da Família já em óbito. Apesar das tentativas de reanimação, a equipe médica não conseguiu salvar a criança. Os profissionais constataram lesões incompatíveis com causas naturais e acionaram a Polícia Civil.
Exames realizados no Instituto Médico Legal apontaram traumatismo cranioencefálico, infiltrações hemorrágicas no crânio e lesão no baço, que provocou hemorragia interna fatal. Também foram identificados indícios de violência sexual, ainda pendentes de confirmação por exames complementares.
Durante as investigações, os responsáveis alegaram que a criança teria passado mal no fim de semana, sem apresentar explicações compatíveis com as lesões. Testemunhas relataram ter ouvido discussões, gritos e sons de impacto na residência no período que antecedeu a morte.
As apurações indicam que a vítima sofreu agressões por horas, permanecendo sem atendimento médico, o que contribuiu diretamente para o agravamento das lesões e o óbito.
Foto: Divulgação | Polícia Civil