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Passa-Quatro, MG entra no radar da Polícia em operação contra bebidas adulteradas

Investigação de São Paulo aponta envio de garrafas reutilizadas para a cidade mineira

Por Redação | Porta A Gazeta RM

A Polícia Civil de São Paulo revelou indícios de ligação da cidade mineira de Passa-Quatro com um esquema de envase clandestino de bebidas alcoólicas. A operação, conduzida pela Seccional de Mogi das Cruzes, resultou na apreensão de aproximadamente 20 mil garrafas em condições suspeitas. O material estava em um galpão que funcionava como depósito não autorizado, com frascos separados por marcas e prontos para reutilização.

Durante a fiscalização, policiais flagraram funcionários higienizando garrafas, etapa que, segundo os investigadores, seria preparatória para novo envase e comercialização irregular. A prática representa risco direto à saúde, especialmente diante do aumento de casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol em diferentes regiões do país.

De acordo com depoimento colhido no local, o proprietário do espaço afirmou que parte das garrafas higienizadas teria como destino Passa-Quatro (MG). Para a Polícia Civil, a informação é relevante para entender a extensão do esquema, que pode incluir reenvase em território mineiro. Com isso, as investigações passam a ter foco também na cidade, que pode ter se tornado um ponto de distribuição de bebidas adulteradas.

Nos últimos dias, a Polícia Civil paulista intensificou a fiscalização em bares, depósitos e estabelecimentos suspeitos. Em média, cerca de 34 locais são vistoriados diariamente. Entre as irregularidades encontradas estão bebidas vencidas, frascos reutilizados e produtos sem nota fiscal. No caso de Mogi das Cruzes, a estrutura identificada foi classificada pelos investigadores como “de grande porte”.

A suspeita de ligação com Passa-Quatro coloca a cidade sob atenção especial das autoridades. As apurações agora seguem em duas frentes: rastrear a rota das garrafas apreendidas e identificar eventuais envolvidos no possível esquema de envase clandestino em Minas Gerais. O objetivo é desarticular a cadeia de fornecimento e impedir que bebidas adulteradas cheguem ao consumidor.

Especialistas alertam que o consumo de bebidas irregulares pode causar desde intoxicações leves até complicações graves, incluindo risco de morte. Por isso, a recomendação é que os consumidores verifiquem procedência, lacres originais e notas fiscais antes da compra.

O caso permanece em investigação e deve contar com apoio das forças policiais mineiras. A expectativa é que o trabalho conjunto revele a dimensão do esquema e os responsáveis diretos pela prática.

Foto: Divulgação

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