Durante fiscalização da Polícia Ambiental, foram encontrados cortes de palmito-juçara, armadilhas e aves abatidas; multa aplicada chegou a R$ 6 mil.
Por Redação | Porta A Gazeta RM
No domingo (5), a Polícia Ambiental prendeu um homem por caça ilegal e abate de animais silvestres em uma fazenda localizada no bairro Ponte Preta, em Monteiro Lobato (SP). A ação ocorreu após denúncia anônima de que no interior da propriedade estariam ocorrendo corte irregular de palmito-juçara e caça de animais da fauna nativa.
Ao chegarem ao local, os policiais fizeram contato com funcionários da fazenda, que apresentaram imagens e vídeos mostrando cortes de palmito-juçara, aves abatidas das espécies tucano e jacu, além de armadilhas utilizadas para caça. Um dos vídeos, gravado na divisa da propriedade, mostrava um indivíduo realizando “seva” com espigas de milho — técnica usada para atrair animais — e portando uma arma de fogo.
Com base nas informações, a equipe da Polícia Ambiental percorreu a área de mata e constatou diversos cortes antigos de palmito-juçara, além de armadilhas e vestígios de caça recente, incluindo tucanos e jacus abatidos.
Na sequência, os policiais foram até a casa sede da propriedade, onde localizaram mais indícios de caça, como locais de seva e trepeiros (estruturas utilizadas para observação e disparo contra animais). Durante a abordagem aos moradores, foi informado que uma pessoa realizava caça de javalis na região, supostamente para controle da espécie.
O suspeito foi identificado e, em contato com a equipe, admitiu caçar javalis há cerca de seis anos na propriedade. Entretanto, as apurações constataram também o abate de seis aves silvestres (tucanos e jacus) com o uso de espingarda, sem a devida autorização dos órgãos competentes.
Diante dos fatos, o homem recebeu voz de prisão em flagrante por crime ambiental. Ele foi conduzido, juntamente com o material apreendido, à Delegacia Seccional de Polícia de São José dos Campos, onde o delegado de plantão ratificou a prisão e determinou a apreensão da arma de fogo. O acusado permanece à disposição da Justiça.
A Polícia Ambiental elaborou ainda um auto de infração ambiental no valor de R$ 6.000,00. A corporação reforça que a caça e o abate de animais silvestres sem autorização configuram crime ambiental previsto na Lei nº 9.605/1998, passível de multa e detenção.
Fotos: Divulgação | PMASP
