Homem comparece à delegacia acompanhado por advogado, entrega o veículo para perícia e fica à disposição da Justiça enquanto vítima segue em estado grave
Por Redação | Porta A Gazeta RM
O motorista envolvido no atropelamento do jovem Luiz Felipe da Silva Santos, ocorrido na madrugada de domingo (16/11) após uma suposta briga, compareceu por conta própria à delegacia na segunda-feira (17/11), acompanhado de seu advogado, segundo registrou a polícia.
No depoimento, o suspeito manteve-se em silêncio, exercendo o direito de não produzir prova contra si, e declarou que se manifestará formalmente apenas em juízo. Além disso, ele entregou voluntariamente o veículo usado no incidente, que foi submetido a perícia técnica para auxiliar na elucidação dos fatos.
Como a apresentação ocorreu muitas horas após o atropelamento, não foi configurado flagrante, e o motorista foi liberado após os trâmites legais. A Polícia Civil informou que ele permanece à disposição da Justiça enquanto o inquérito avança.
A apuração do caso não se limita ao motorista: os investigadores também buscam saber se havia outras pessoas dentro do carro, o que poderia agravar a responsabilidade criminal de envolvidos. As diligências continuam para esclarecer todos os detalhes da ocorrência.
Luiz Felipe sofreu ferimentos graves na cabeça e segue internado em estado considerado grave. Segundo a família, ele está na UTI, em coma, entubado e respirando com suporte de aparelhos. Em paralelo às investigações, amigos e parentes realizaram uma corrente de oração em frente ao hospital, manifestando esperança por sua recuperação.
De acordo com o boletim, a solicitante — identificada como “Amanda” — afirmou ter presenciado a briga no entorno da Adega Imperial, notando pedras no chão, supostamente usadas na confusão. Ela acionou o Samu, e a equipe composta pelo condutor Marcelo Ricardo dos Santos e por uma técnica de enfermagem chamada Laura prestou atendimento a Luiz Felipe no local, antes de levá-lo para o hospital.
Ainda segundo o registro, a vítima relatou ter sido agredida na Rua Wenceslau Bráz, ao lado do “Bar do Barba”, por três pessoas desconhecidas residentes no bairro Carioca. Posteriormente, afirmou que os agressores fugiram em um carro prata com três ocupantes embriagados. Luiz Felipe disse que o veículo teria roçado seu joelho durante a fuga, mas negou ter sofrido lesões significativas por esse contato. De acordo com o boletim, ele também recusou atendimento médico para esse arranhão.
Há menção a uma outra pessoa ferida, um menor, que teria participado da briga, mas também negou ter sido atendido pelo Samu.
Desde o incidente, familiares e amigos de Luiz Felipe têm mantido uma forte mobilização. Na segunda-feira, se reuniram em frente ao hospital para orar por sua saúde e reforçar solidariedade. Em suas falas, demonstraram confiança na recuperação dele e expressaram gratidão pelo apoio recebido.
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