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Presidente da Câmara de Silveiras, SP é acusado de agressão por procuradora do Legislativo

Boletim de ocorrência relata empurrão dentro do prédio da Casa; Polícia Militar acompanhou a servidora até a delegacia

Por Redação | Porta A Gazeta RM

A procuradora da Câmara Municipal de Silveiras (SP) registrou, nesta segunda-feira (24), um boletim de ocorrência afirmando ter sido agredida pelo presidente da Casa, o vereador Marco Aurélio Gonçalves Ferreira Diniz (PL).

De acordo com o registro policial, a servidora relatou que, ao chegar para trabalhar, cumprimentou os colegas, mas não obteve resposta — o que a deixou a princípio desconfortável. Além disso, afirmou estranhar a ausência de repasse de documentos que normalmente estavam sob sua responsabilidade.

Segundo a procuradora, ela procurou o setor administrativo para que episódios que considera assédio fossem documentados em ata, mas seu pedido teria sido ignorado. Em seguida, pediu ao assessor de Relações Institucionais, Israel Cardoso Rocha Lemos, que entrasse em contato com o presidente da Câmara. Também conforme o boletim, Marco Aurélio compareceu a Câmara e convocou os funcionários para uma reunião — sem a presença da procuradora.

O documento policial descreve que a servidora, ao solicitar acesso à sala da Presidência para concluir suas atividades, e  Marco Aurélio, que, ao sair da reunião, teria dito que “não a aguentava mais” e a empurrou. Ainda segundo o relato, o assessor Israel tentou conter a situação.

Após o episódio, a procuradora acionou a Polícia Militar, além do Conselho de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A equipe da PM acompanhou a servidora até a delegacia, onde ela formalizou o desejo de representar criminalmente contra o vereador-presidente.

Ainda conforme a denúncia, o vereador Zé Ritinha teria pedido ao presidente que se retirasse do local após o episódio.

Marco Aurélio é presidente da Câmara Municipal de Silveiras, conforme documentos oficiais da Casa Legislativa.

A servidora alega que foi vítima de “vias de fato” — expressão usada para descrever agressões físicas leves — e que o empurrão ocorreu no âmbito das dependências da Câmara.

Se confirmado, o episódio pode ter consequências jurídicas (pela representação criminal feita na delegacia) e políticas (dado o cargo de liderança ocupado pelo vereador). A iniciativa de acionar a OAB indica que a servidora pode buscar também respaldo ético, além de criminal.

Foto: Divulgação | CMS

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