Por Redação | Porta A Gazeta RM
Um homem de 51 anos, condenado a 16 anos de prisão por estupro de vulnerável, foi preso na noite de sexta-feira (28) por agentes da 90ª Delegacia de Polícia (Barra Mansa), após ser localizado em um ônibus que chegava à cidade. O crime ocorreu em 2015, quando a vítima, sua sobrinha, tinha apenas 3 anos.
Segundo informações divulgadas pela delegacia, a prisão foi resultado de cerca de dez dias de trabalho de inteligência policial. As investigações apontaram que o condenado residia em Barra Mansa, mas trabalhava na capital paulista, fazendo deslocamentos semanais — saindo às segundas-feiras para São Paulo e retornando às sextas. Com o padrão de rotina monitorado, os agentes decidiram interceptar o ônibus na altura do bairro Bocaininha, quando ele retornava à cidade. O homem não resistiu à prisão e foi conduzido diretamente à sede da 90ª DP.
O mandado de prisão foi expedido após condenação definitiva pelo crime de estupro de vulnerável, proferida pelo juízo competente. A polícia declarou que o preso será encaminhado ao sistema prisional para cumprimento integral da pena.
O delegado responsável pela ação, Marcus Montez, destacou a importância da prisão como demonstração da determinação da corporação no combate a crimes sexuais contra crianças. Ele afirmou que “quem rompe a dignidade de uma vítima será encontrado e entregue à Justiça, onde quer que tente se esconder.”
O crime de estupro de vulnerável está previsto no Artigo 217-A do Código Penal, aplicável quando a vítima é menor de 14 anos ou se encontra em situação de vulnerabilidade. Recentemente, um projeto aprovado por comissão no Congresso prevê o aumento das penas para crimes sexuais contra vulneráveis — elevando, por exemplo, a pena para estupro de vulnerável para faixa de 10 a 18 anos, podendo alcançar 12 a 24 anos caso haja lesão corporal grave, e até 20 a 40 anos se o crime resultar em morte.
Essa modificação sinaliza um endurecimento das sanções e reforça a prioridade dada pelas autoridades ao enfrentamento desse tipo de crime.
A prisão desta sexta-feira representa não apenas o cumprimento de uma pena imposta há anos, mas também o reforço da mensagem de que condenados por crimes contra vulneráveis continuam sendo procurados e responsabilizados — mesmo depois de anos da condenação. Em 2025, autoridades em diferentes estados já realizaram prisões de condenados por estupro de vulnerável, mostrando que a Justiça mantém vigilância permanente sobre casos dessa natureza.
Com a ação da 90ª DP, a população de Barra Mansa recebe um exemplo concreto da atuação da polícia e do Judiciário no combate a crimes sexuais contra crianças — e da cobrança por justiça para vítimas vulneráveis.
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