Por g1
A Justiça de São Paulo manteve nesta quarta-feira (15) a prisão preventiva de Luiz Guilherme Costa de Oliveira, de 22 anos, réu pelo assassinato da ex-namorada Elda Mariel Aquino Fortes, que foi espancada até a morte em Lorena.
Luiz Guilherme Costa de Oliveira está preso desde maio de 2024. Inicialmente, a prisão era válida por 30 dias, mas Justiça decidiu manter o réu preso preventivamente durante o processo. Agora, em nova avaliação, a prisão foi mantida pelo juiz Daniel Otero Pereira da Costa.
O jovem é réu pelo assassinato de Elda desde junho de 2024, quando a Justiça acatou denúncia do Ministério Público. Na decisão, a Justiça considerou haver indícios de materialidade e autoria contra ele.
“Os elementos até então coligidos indicam que o réu, em 16 de março de 2024, aproveitando-se de relações domésticas e familiares e desrespeitando medidas protetivas de urgência, cometeu um ato de extrema barbárie que resultou na morte de Elda Mariel Aquino Fortes, por motivo torpe e mediante o uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima”.
Disse ainda que o jovem ainda alegou ter agido em legítima defesa após uma discussão com a vítima.
“Cumpre salientar que o réu, em seu interrogatório policial, afirmou ter encontrado a vítima na data e local dos acontecimentos; entretanto, alegou que esta tentou agredi-lo, o que o levou a golpeá-la no rosto e, na sequência, aplicar-lhe um golpe de “mata-leão”. Ou seja, sustentou um contexto de legítima defesa, o que, a priori, não se parece crível”, diz trecho da decisão.
Em nota, a defesa de Luiz Guilherme informou que o acusado “irá manifestar sua versão sobre os fatos que ocorreram” e que está “disposto a responder por todos os atos praticados”.
Crime
Luiz Guilherme foi preso pela Polícia Civil durante uma operação em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, nesta semana. Ele é o principal suspeito de ter espancado Elda Mariel Aquino Fortes, de 29 anos, até a morte. O crime aconteceu no dia 16 de março. A vítima foi encontrada morta com sinais de violência dentro da própria casa. O caso comoveu a região.
A prisão aconteceu 66 dias depois do crime. Já existia um mandado de prisão temporária contra Luiz Guilherme, que estava foragido desde então.
O corpo de Elda foi encontrado pela mãe dela em uma edícula no fundo da casa da família. A mulher tinha várias lesões no rosto e sinais de asfixia causados possivelmente por um golpe ‘mata-leão’. O pescoço estava quebrado.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte no local. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames de necropsia. O enterro aconteceu no dia 17 de março. À época, a mãe da vítima falou sobre o crime:
“O que mais me dói é que ele matou minha filha dentro da minha casa. Ele matar em qualquer lugar já doeria muito. Mas dentro da minha casa me dói dobrado, porque eu estava aqui. Ele foi um covarde” — Valéria Fortes, mãe de Elda
Elda deixou dois filhos – um de 14 anos e um de três. A criança de três é fruto do relacionamento da mulher com o ex-companheiro.