Por Redação | Portal A Gazeta RM
O Café Marcondes, uma das marcas de café mais tradicionais do Vale do Paraíba, anunciou nesta sexta-feira (08) o fechamento definitivo de sua fábrica em Cruzeiro, SP. Fundada em 1930 por João Marcondes de Castro, uma marca que se consolidou ao longo de quase um século como um símbolo de qualidade e tradição, presente na região.
Segundo a empresa, o fechamento foi uma decisão difícil, motivada principalmente pelo aumento expressivo dos custos de produção. O comunicado oficial destaca que manter o padrão de qualidade exigido pelos consumidores seria inviável diante da atual conjuntura econômica. “Optamos pelo encerramento das atividades em respeito à fidelidade de nossos clientes e ao legado da marca”, declarou a direção da empresa.
Com mais de 90 anos de história, o Café Marcondes se tornou uma referência não apenas pela qualidade de seus grãos, mas também por sua conexão com a identidade cultural e econômica do Vale do Paraíba. A marca é credenciada pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o que reforça seu compromisso com a excelência e a segurança alimentar.
Ao longo de décadas, o Café Marcondes abasteceu mais de 20 cidades, abrangendo o Vale do Paraíba, o Vale Histórico, o Sul de Minas e o Sul Fluminense. Suas embalagens, reconhecíveis nas prateleiras dos supermercados, carregavam a prestígio de um produto que passou por rigorosos processos de seleção e torra, resultando em um sabor marcante.
A fábrica em Cruzeiro era mais que um simples local de produção; era um marco do legado cafeeiro da região. Desde sua fundação, a unidade contribuiu para o desenvolvimento econômico e social de Cruzeiro, sendo responsável por empregar diversas famílias e apoiar o comércio local. O fechamento representa, portanto, um impacto significativo para a cidade e seus moradores.
Com o encerramento das operações, uma das principais preocupações é o futuro dos funcionários, muitos deles com anos de serviço dedicados à empresa. O Café Marcondes não detalhou em seu comunicado os planos para os colaboradores afetados, o que gera incerteza e apreensão na comunidade local. A economia de Cruzeiro, já impactada pela crise econômica dos últimos anos, deve enfrentar um novo desafio como a perda de empregos e a redução da atividade industrial
