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Empregadores do Sul de Minas entre eles em Aiuruoca são incluídos na “lista suja” do trabalho análogo à escravidão

Atualização do Ministério do Trabalho e Emprego aponta cinco novos casos na região; Minas Gerais lidera o número de inclusões no país

Por Redação | Portal A Gazeta RM

Cinco empregadores de quatro municípios do Sul de Minas — entre eles Aiuruoca — foram incluídos na nova atualização da chamada “lista suja” do trabalho análogo à escravidão, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira (6). A relação incluem 159 novos denunciados, sendo 101 pessoas físicas e 58 jurídicas, o que representa um aumento de 20% em relação à última atualização.

A lista é divulgada semestralmente e reúne empregadores que tiveram processos administrativos concluídos, confirmando a ocorrência de exploração de mão de obra em condições degradantes. Na região Sul de Minas, os novos nomes incluídos são de São Sebastião do Paraíso, Delfinópolis, Cristais e Ibiraci — este último com duas ocorrências.

Conforme o levantamento, Minas Gerais é o estado com o maior número de empregadores incluídos, somando 151 nomes. Desses, 38 estão localizados em 28 municípios do Sul de Minas, o que reforça a necessidade de fiscalização constante nas atividades econômicas da região.

A Auditoria Fiscal do Trabalho informou que os casos apurados nesta atualização ocorreram entre 2020 e 2025, período em que 1.530 trabalhadores foram resgatados de situações de exploração.

Os estados com maior número de inclusões são Minas Gerais (33), São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12). Entre as principais atividades envolvidas nos casos estão a criação de bovinos para corte (20 casos), os serviços domésticos (15), o cultivo de café (9) e a construção civil (8). Segundo o MTE, 16% dos casos registrados estão relacionados a atividades urbanas.

Antes da inclusão definitiva na lista, o empregador tem direito à defesa e ao contraditório. Somente após a conclusão do processo administrativo é que o nome passa a integrar oficialmente a relação pública.

A “lista suja” é considerada um dos principais instrumentos de transparência e combate ao trabalho análogo à escravidão no país, servindo de base para órgãos de fiscalização, instituições financeiras e empresas comprometidas com práticas de responsabilidade social.

Veja abaixo os municípios com empregadores na “Lista Suja”:

  • Aiuruoca
  • Alfenas – 2 casos
  • Alpinópolis
  • Araxá – 2 casos
  • Boa Esperança – 3 casos
  • Bueno Brandão
  • Cabo Verde
  • Campanha
  • Campestre – 3 casos
  • Campo do Meio
  • Carmo do Rio Claro
  • Conceição das Pedras
  • Cristais
  • Delfinópolis – 2 casos
  • Espírito Santo do Dourado
  • Estiva
  • Ibiraci – 2 casos
  • Ilicínea – 2 casos
  • Ingaí
  • Itamogi
  • Juruaia
  • Muzambinho
  • Nova Resende
  • Poço Fundo
  • Santa Rita do Sapucaí
  • São Pedro da União – 2 casos
  • São Sebastião do Paraíso
  • Varginha

Clique aqui para ver a lista completa

Foto: Agência Brasil via BBC

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