Policiais lembram sua atuação de destaque na operação de Itamonte, em 2013
Por Redação | Porta A Gazeta RM
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, assassinado a tiros de fuzil em Praia Grande no último sábado (13), foi um dos protagonistas da histórica operação de Itamonte, no Sul de Minas Gerais, em 2013. A ação é lembrada como um dos maiores confrontos entre forças de segurança e quadrilhas especializadas em ataques a caixas eletrônicos no país.
Na ocasião, uma quadrilha fortemente armada planejava explodir terminais bancários na cidade mineira, mas foi surpreendida por uma megaoperação articulada pelas polícias de São Paulo e Minas Gerais, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e participação de equipes da Polícia Civil de Cruzeiro (SP).
O resultado da ação foi a morte de nove criminosos em confronto, um policial ferido e a prisão de cinco integrantes da quadrilha. Também foram apreendidos fuzis, munições e explosivos que seriam utilizados nos ataques.
À época delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Ruy Fontes ganhou projeção nacional pelo papel central na operação e pela postura firme no enfrentamento ao crime organizado. Sua carreira foi marcada por embates diretos contra facções, em especial o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em 2019, a cúpula da facção chegou a decretar sua morte em razão das investigações e operações conduzidas por ele. A ameaça se concretizou agora, em 2025, com o ataque que vitimou o ex-delegado em plena luz do dia, no litoral paulista.
O crime reacende o debate sobre os riscos enfrentados por autoridades da segurança pública no combate a organizações criminosas e marca o fim de uma trajetória reconhecida pela firmeza e dedicação ao serviço público.
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