Por Redação | Portal A Gazeta RM
Na manhã desta segunda-feira (25), Lilian Cristina Cabete, de 35 anos, foi morta a tiros pelo ex-marido, Nelson Pereira Batista, conhecido como “Juca”, na Rua Vicente Mota Ferreira, Vila Crispim, em Cruzeiro.Testemunhas relataram que Lilian tentou buscar refúgio em uma residência próxima, mas foi alcançada e alvejada com três disparos nas costas.A Polícia Militar prendeu Nelson em flagrante no local. Ele foi conduzido à Central de Flagrantes da Delegacia Seccional, onde foi autuado por feminicídio.O corpo de Lilian foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia. Este caso ressalta a urgência de medidas eficazes contra a violência doméstica. Em 2024, o estado de São Paulo registrou um aumento de 8,8% nos casos de feminicídio no primeiro semestre, totalizando 124 vítimas, em comparação com o mesmo período de 2023. A Lei nº 14.994/2024, conhecida como “Pacote Antifeminicídio”, entrou em vigor em outubro, tipificando o feminicídio como crime autônomo com penas de 20 a 40 anos de reclusão. O caso de Lilian reforça a necessidade de ações preventivas e de apoio às vítimas de violência doméstica. A comunidade e as autoridades devem intensificar esforços para combater essa realidade alarmante.
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Cruzeiro emitiu nota que iremos divulgar na íntegra:
Nota de repúdio
Sobre o crime de feminicídio ocorrido hoje deixo aqui nossa solidariedade a família da Lilian, principalmente a filha, que a pessoa que vai sofre muito com tudo isso.
O nosso total repudio, como Instituição Guarda Municipal, a vinculação do crime ao fato de ser um ex-GCM aposentado e principalmente a imagem do Sr Nelson em foto usando o uniforme da GCM, pois em suas redes sociais existem outras fotos para serem postadas sem vincular a instituição a GCM.
Nossa guarda municipal não apoia de maneira nenhuma esse tipo de crime, seja qual for.
Nossa GCM existe a 35 anos, com efetivo de 57 guardas municipais sendo que 8 são mulheres que trabalham incansavelmente no caso de feminicídio e outros, com a patrulha Maria da Penha.
E em nome de todos nossos GCMs, repudiamos a veiculação da nossa instituição a esse crime.
Não interessa se ex GCM ex metalúrgico ex policial militar ou que for e sim o fato do crime, o qual será responsabilizado criminalmente se for o caso.
Foto: Reprodução