Por Redação | Portal A Gazeta RM
Na manhã desta quarta-feira (22) um filho foi flagrado empurrando o corpo de sua mãe Aurora do Nascimento Marques, de 100 anos em uma cadeira de rodas pelas ruas do Campinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A cena gerou revolta e perplexidade, sendo registrada por populares que estavam no local e, posteriormente, viralizou na internet.
Vídeos que circulam em redes sociais mostram um homem, que é filho da idosa, empurrando a cadeira de rodas com o corpo. Nas imagens, ele chega a ser abordado por algumas pessoas que passavam pela rua.
De acordo com informações da Polícia Civil, o homem informou que sua mãe sofreu um mal súbito e faleceu na terça-feira, 21 de janeiro. Aparentemente, devido à demora na chegada da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o filho tomou a decisão de transportar o corpo de sua mãe até o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Praça Seca, distante de sua residência.
A Polícia Civil foi acionada para apurar os fatos e, ao chegar ao local, solicitou o transporte do corpo para o Instituto Médico-Legal (IML), onde será realizada uma perícia para confirmar a causa da morte.
Em depoimento na 28ª DP (Campinho), o filho afirmou que mora na comunidade do Bateau Mouche e que foi ameaçado de ser expulso do local no dia 7 de janeiro. Desde então, segundo ele, sua mãe não conseguia mais andar. O filho contou que, na terça-feira (21), a mãe estava na cama quando reclamou que estava passando mal. Segundo ele, a idosa teve um mal súbito e morreu em seguida.
Após a morte, o homem disse que ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que só teria ido ao local após o segundo contato. Uma médica teria atestado o óbito e dito que o Serviço Social iria buscar o corpo. Com a suposta demora, o filho decidiu colocar o corpo da mãe na cadeira de rodas e levá-lo até o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Praça Seca. Quando ele estava saindo de casa, ele contou que foi abordado por criminosos, que teriam dito que ele teria matado a mãe. Ele alega que foi agredido durante a abordagem. A PM, no entanto, informou que ele não chegou ferido à delegacia.
O caso está sendo investigado pela 28ª Delegacia de Polícia (Campinho), que está tentando entender as denúncias que levaram o homem a tomar tal atitude.
A situação gerou grande repercussão nas redes sociais, com muitos questionando a demora na assistência do Samu e as condições em que o filho transportou o corpo de sua mãe. Por enquanto, o homem não foi preso, mas a investigação segue em andamento para determinar se houve negligência ou outra situação que tenha contribuído para o ocorrido.
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