Por Redação | Portal A Gazeta RM
Um homem de 46 anos foi preso na madrugada desta terça-feira (18) suspeito de tentar matar a companheira com golpes de faca por duas vezes em um intervalo de menos de quatro horas. O crime ocorreu na residência do casal, localizada no bairro Jardim Esperança, em Guaratinguetá (SP).
A vítima, que não teve a idade divulgada, relatou à polícia que convive com o agressor em união estável há cerca de dois anos. Mesmo diante das evidências, o suspeito nega ter cometido os ataques.
Segundo o Boletim de Ocorrência, a primeira agressão aconteceu por volta das 22h40 da noite de segunda-feira (17). A mulher relatou que, após ser atacada com uma faca, conseguiu correr para fora da casa e pedir socorro, momento em que o agressor fugiu antes da chegada da Polícia Militar.
Ela foi socorrida e encaminhada ao hospital, onde recebeu atendimento médico. Os policiais a orientaram sobre os procedimentos para registrar a denúncia.
Horas depois, já na madrugada de terça-feira (18), a Polícia Militar foi novamente acionada para o mesmo endereço. Ao retornar para casa após deixar o hospital, a mulher encontrou o companheiro dentro da residência.
Conforme registrado no boletim, o suspeito pegou um facão e desferiu três golpes contra a vítima, atingindo a mão, o braço e as costas.
Quando os policiais chegaram, encontraram a mulher na rua, ensanguentada e ferida nas costas. Ainda consciente, ela confirmou que o companheiro era o autor das facadas. Novamente, ela foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Além dos ataques ocorridos em Guaratinguetá, a vítima relatou aos policiais que já havia sido agredida pelo companheiro no último final de semana, durante uma viagem do casal para Paraty, no Rio de Janeiro. No entanto, essa agressão não chegou a ser registrada na polícia.
Pouco depois da chegada da polícia ao local do crime, o agressor também retornou à casa e foi detido. Em sua defesa, ele negou as acusações e alegou que a mulher estaria sob efeito de álcool. Questionado pelos agentes sobre o motivo de não ter aguardado a chegada da polícia após o primeiro ataque, ele não soube responder.
O suspeito foi encaminhado à delegacia, onde o delegado de plantão decretou sua prisão em flagrante. Como o crime de tentativa de feminicídio é classificado como hediondo, não houve a possibilidade de fiança. O delegado também representou pela conversão da prisão em preventiva, o que significa que ele seguirá detido até decisão judicial.
