Por Redação | Portal A Gazeta RM
Um homem de 69 anos foi preso na última quarta-feira (12) suspeito de manter um idoso de 88 anos em cárcere privado e de cometer crimes financeiros contra a vítima e sua esposa, de 70 anos, em Passa Quatro, no sul de Minas Gerais. A prisão aconteceu após investigação da Polícia Civil, que descobriu um esquema de fraudes envolvendo um contrato de empréstimo suspeito no valor de R$ 1,5 milhão.
A investigação iniciou após uma denúncia que apontava possíveis irregularidades em um contrato financeiro firmado pelo suspeito. Segundo as autoridades, o documento, assinado em nome do investigado, previa isenção de juros e a quitação automática da dívida em caso de falecimento do casal de idosos. O suspeito trabalhava como motorista das vítimas e teria se aproveitado da fragilidade delas para assumir o controle de seus recursos financeiros.
Cerca de um mês após a assinatura do contrato, a esposa da vítima faleceu devido a um câncer terminal. Após a morte da companheira, o idoso passou a relatar dificuldades para acessar suas contas bancárias, enquanto o suspeito continuava a movimentar os valores livremente. Investigações apontaram que o investigado chegou a cadastrar sua própria biometria para realizar saques na conta da idosa, retirando expressivas quantias que foram utilizadas para a compra de bens pessoais.
Entre os bens adquiridos de forma suspeita, a Polícia Civil identificou um veículo zero quilômetro avaliado em R$ 159 mil, apreendido durante as diligências.
Durante operação nas residências do suspeito e de seu filho, de 38 anos, os policiais apreenderam aproximadamente R$ 26 mil em espécie. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 700 mil em contas bancárias do investigado, impedindo a movimentação dos valores.
Durante as buscas, os agentes também encontraram munições de arma de fogo de calibre permitido na casa do filho do investigado. Diante da ilegalidade, ele também foi preso em flagrante.
Os dois suspeitos foram ouvidos e, posteriormente, encaminhados ao presídio de São Lourenço (MG), onde permanecem à disposição da Justiça. O caso segue sob investigação para identificar se houve a participação de outras pessoas no esquema criminoso.
Foto: Polícia Civil