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Justiça mantém condenação de 40 anos de prisão para ex-marido que mandou matar corretora no Rio de Janeiro

Por Redação | Porta A Gazeta RM

A justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a condenação de Pedro Paulo de Barros Pereira Júnior — sentenciado a 40 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-mulher, Karina Garofalo. O recurso da defesa foi analisado e rejeitado, confirmando a decisão do júri popular proferida em julho de 2025.

Karina Garofalo, corretora de imóveis natural de Volta Redonda, foi morta em agosto de 2018, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro — enquanto caminhava de mãos dadas com o filho do casal, então com 11 anos.

O crime foi considerado triplamente qualificado: houve motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e o feminicídio. A presença da criança no momento do crime agravou a penalidade.

De acordo com a acusação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Pedro Paulo teria encomendado o assassinato motivado por ciúmes e disputa de bens, já que o casal mantinha litígio judicial referente a patrimônio estimado em cerca de R$ 3 milhões e guarda da criança.

O disparo que matou Karina teria sido feito por Paulo Maurício Barros Pereira — primo de Pedro Paulo — com ajuda de outro comparsa, Hamir Feitosa Todorovic. Este último foi condenado em março de 2023 a 30 anos de prisão, mas faleceu enquanto cumpria a pena em regime domiciliar.

Outros envolvidos aguardam julgamento, inclusive parentes que teriam dado suporte logístico ou atuado como mandantes.

No julgamento realizado em julho de 2025, o Júri entendeu que o crime foi premeditado, com planejamento e execução fria, resultando em pena máxima.

Posteriormente, a defesa de Pedro Paulo entrou com recursos alegando excesso de prazo e nulidades processuais. Entre os argumentos, estava pedido de revogação da prisão preventiva. No entanto, em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pleito, entendendo que a gravidade do crime, o contexto de violência de gênero e o risco à sociedade justificam a manutenção da prisão.

O homicídio de Karina reacendeu o debate sobre violência doméstica, feminicídio, disputa de poder e patrimônio após separação, e a responsabilidade judicial sobre casos que envolvem trauma para crianças — já que o filho do casal presenciou o crime. A condenação e sua manutenção representam um marco no enfrentamento à impunidade em crimes dessa natureza.

O caso permanece sob acompanhamento das autoridades enquanto prosseguem investigações e aguardam-se novas etapas do processo contra os demais acusados.

Foto: Arquivo pessoal

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