Por Redação | Portal A Gazeta RM
Nesta terça-feira (12), a Justiça negou o pedido liminar de defesa de Thiago Bally (PSDB), vereador eleito em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo. Bally é considerado foragido e é suspeito de envolvimento em um homicídio ocorrido em abril deste ano.
A defesa de Bally solicitou a revogação da ordem de prisão preventiva, alegando que o vereador possui ocupação lícita e residência fixa, o que, segundo os advogados, deveria ser considerado para evitar a necessidade de prisão. Os defensores afirmaram ainda que a prisão seria “prematura e desproporcional”, argumentando que não há provas concretas do envolvimento do vereador.
A prisão preventiva de Bally foi decretada em 30 de outubro pela juíza Gláucia Fernandes Paiva, da Vara Criminal de São Sebastião. O vereador é investigado pela suposta participação no assassinato de Victor Alexandre de Lima, de 22 anos. O crime aconteceu em 6 de abril, em uma chácara na Rodovia Doutor Manoel Hipólito do Rêgo, no bairro Juquehy, em São Sebastião.
Segundo o relatório da Polícia Civil, a vítima foi atraída ao local, conhecida como ‘Sítio Velho’, após receber uma ligação. Lá, Victor se encontrou com Maiquel Douglas Pires Ferreira, com quem negociava uma venda. Durante o encontro, Victor foi atingido por dois tiros. Maiquel confessou o homicídio, alegando defesa legítima. Ele está preso desde a confissão.
Em depoimento, Thiago Bally afirmou ter estado na cena do crime minutos antes, mas justificou sua presença dizendo que havia parado para prestar assistência a um carro com problemas mecânicos, negando envolvimento no assassinato.
No entanto, uma denúncia do Ministério Público aponta que Bally teria ordenado a execução de Victor, motivado pela suspeita de que a vítima planejava sequestrar sua filha. A acusação reforça que há acusações suficientes para justificar a prisão preventiva do vereador, uma vez que medidas alternativas seriam ineficazes diante do risco.
Thiago Bally foi o sétimo vereador mais votado nas eleições deste ano em São Sebastião, recebendo 1.173 votos. Em 2022, ele também concorreu ao cargo de vereador, mas ficou como suplente.
A reportagem tentou contato com a defesa de Thiago Bally e de Maiquel Douglas Pires Ferreira, mas não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações, e a matéria será atualizada assim que houver mais informações.
Foto: Reprodução/Câmara de São Sebastião