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Líder do PT aciona o Supremo Tribunal Federal (STF) contra Flávio Bolsonaro por sugestão de ataque dos EUA no Rio

Lindbergh Farias apresenta representação criminal sob a alegação de atentado à soberania nacional

Por Redação | Portal A Gazeta RM

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do seu partido na Câmara dos Deputados, protocolou na sexta-feira (24/10/2025) uma representação criminal junto ao STF contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo Lindbergh, as declarações do senador sugerem que os Estados Unidos realizem ações militares contra embarcações na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, o que configuraria incitação à intervenção de potência estrangeira em território nacional.

O que foi dito

A polémica fala de Flávio Bolsonaro foi publicada em sua conta no X (antigo Twitter), referindo-se a um post do secretário norte-americano de Defesa, Pete Hegseth. No texto, o senador escreveu:

“Que inveja! Ouvi dizer que há barcos como este aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”

Segundo Lindbergh, ao propor que forças estrangeiras ajudem ou atuem no Brasil, o senador viola princípios constitucionais da soberania nacional, além de atentar contra a integridade territorial brasileira e a autoridade das Forças Armadas nacionais.

A denúncia

Na representação apresentada ao STF, Lindbergh pede a instauração de inquérito para apurar possíveis crimes como “atentado à soberania nacional” e “crime militar praticado por civil”.

O texto da ação aponta que o mar territorial brasileiro, conforme a Lei 8.617/1993 e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, integra o território nacional e deve estar sob controle das Forças Armadas brasileiras. A manifestação do senador, na avaliação da representação, “configura possível proposição concreta de ação armada estrangeira em águas jurisdicionais brasileiras”.

A resposta de Flávio Bolsonaro

Mediante a repercussão, Flávio Bolsonaro publicou vídeo em que afirma que suas declarações foram distorcidas. Ele negou ter defendido bombardeios ou intervenção militar de outro país no Rio de Janeiro, dizendo que o objetivo era criticar o tráfico de drogas.

Potenciais impactos

Se o STF aceitar a representação e instaurar inquérito, o caso poderá levar ao exame de responsabilidades parlamentares e até criminais, dependendo dos desdobramentos.

A discussão reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão de parlamentares frente à soberania nacional e ao papel das Forças Armadas.

O episódio também tem impacto diplomático, ao sugerir — mesmo que indiretamente — a participação de uma potência estrangeira em assuntos de segurança interna do Brasil.

Próximos passos

O STF será responsável por decidir se a representação merece abertura de inquérito. A partir disso, poderão ocorrer pedidos de depoimentos, diligências ou perícias para apurar o real teor da declaração e suas consequências.

O desenrolar do caso será acompanhado de perto por órgãos de segurança, autoridades diplomáticas e a imprensa.

Se quiser, posso verificar e enviar o texto completo da petição apresentada ao STF ou os vídeos originais da declaração, para que você tenha acesso direto aos documentos.

Foto: Divulgação

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