Por Redação | Portal A Gazeta RM
Em meio à dor esmagadora de perder um filho, uma atitude nobre e comovente marcou o desfecho de uma tragédia que abalou toda a região do Vale do Paraíba. Guilherme Araújo Cabral Alvarelo, de apenas 21 anos, não resistiu aos ferimentos após ser brutalmente espancado durante o rodeio de Piquete. Com a morte cerebral confirmada nesta terça-feira (8), sua mãe, Suelen Cabral, tomou uma das decisões mais generosas que alguém pode fazer: doar os órgãos do filho.
Segundo Suelen, os órgãos de Guilherme poderão beneficiar até nove pessoas. Mesmo em meio ao luto, o gesto representa uma poderosa mensagem de esperança, compaixão e solidariedade — valores cada vez mais urgentes em um mundo marcado por violência e intolerância.
A Polícia Civil segue investigando o caso. Até o momento, os agressores ainda não foram identificados. A expectativa da família é de que a Justiça seja feita. Enquanto isso, a atitude de Suelen transforma a dor em legado e inspira um exemplo raro de altruísmo em um momento de imensa tristeza.
O velório e o sepultamento de Guilherme serão realizados em Lorena, cidade onde o jovem nasceu e cresceu. É lá que ele se despedirá do mundo, deixando como último gesto um presente de valor inestimável: a chance de outras pessoas continuarem vivendo.
Que o exemplo de Suelen Cabral toque corações e inspire mais atos de amor, mesmo diante das piores dores.
Guilherme se foi cedo demais, vítima de uma violência cruel e sem sentido. Mas sua vida, por meio da generosidade de sua mãe, continuará a pulsar em outros corpos — como símbolo de luz, amor e renovação em meio à escuridão.
Foto: Arquivo pessoal
