Skip to content

Médicos do Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá, SP denunciam cinco meses de salários atrasados

Por Redação | Portal A Gazeta RM

Médicos que atuam no Hospital e Maternidade Frei Galvão, em Guaratinguetá, estão enfrentando uma situação crítica: os salários estão atrasados há cinco meses. A denúncia foi encaminhada ao Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), que afirma ter recebido diversos relatos de profissionais que atuam na unidade de saúde.

Desde maio de 2025, o hospital — que é referência para o SUS na região — passou a ser administrado pela Hospital de Amor Barretos, uma Organização Social (OS) contratada pelo governo estadual. No entanto, conforme o sindicato, a nova administração já declarou que não assumirá dívidas trabalhistas deixadas pela gestão anterior, o que gerou forte indignação entre os profissionais de saúde.

Em assembleia realizada no dia 17 de julho, os médicos decidiram que, caso os pagamentos não sejam regularizados, poderão rescindir os contratos de forma imediata.

A crise no Frei Galvão preocupa não apenas Guaratinguetá. A unidade é referência para 39 municípios do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o que significa que milhares de pessoas podem ser impactadas diretamente pela possível paralisação dos serviços.

Segundo o Simesp, os atrasos começaram ainda em dezembro de 2023, quando os médicos atuavam em regime híbrido — prestando serviços tanto para o SUS quanto para convênios e empresas privadas. Com a mudança no modelo de gestão, o hospital passou a funcionar sob administração totalmente pública, terceirizada pelo estado.

A diretora do Simesp, Juliana Salles, criticou a condução do processo:

“É revoltante que os médicos estejam se dedicando diariamente e, mesmo assim, tenham que lidar com uma gestão desorganizada e irresponsável. A OS recebeu um repasse de R$ 4 milhões dos cofres públicos. Não há justificativa para tamanho descaso.”

Além dos salários atrasados, o sindicato denuncia ainda pendências contratuais na rede privada, redução unilateral de remuneração, aceitação de casos clínicos sem estrutura adequada e até falta de insumos básicos para atendimento.

A assessoria do Hospital Frei Galvão não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento.

Foto: Divulgação

Conteúdo Relacionado

FERRAZ SANTOS – PROPAGANDA, PUBLICIDADE E MARKETING
CNPJ: 35.182.743/0001-04

Todos os direitos reservados.