Ação articulada reúne cerca de 2 500 agentes, mira facção Comando Vermelho e já registra dezenas de mortos e presos
Por Redação | Porta A Gazeta RM
Uma megaoperação policial realizada na madrugada desta terça-feira mobilizou cerca de 2 500 agentes públicos (policiais civis, militares e forças de apoio) nos complexos da Complexo do Alemão e da Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, denominada Operação Contenção, tem como objetivo principal enfrentar a expansão da facção Comando Vermelho, considerada uma das mais estruturadas do país.
O que motivou a operação
As autoridades estaduais relataram que a facção vinha expandindo território e operando com armamento pesado, inclusive com o uso de drones e explosivos para confrontar as forças de segurança. A operação também resulta de mandados de prisão contra lideranças da facção e busca desarticular cadeias financeiras ligadas ao tráfico e à milícia.
Ação no terreno e desdobramentos
A ação foi deflagrada nas primeiras horas do dia, com acesso simultâneo a 26 comunidades da Zona Norte.
Foram registrados confrontos intensos — barricadas erguidas por criminosos, incêndios em veículos e uso de drones como parte da resistência armada.
Até o momento, o balanço divulgado inclui mais de 60 pessoas mortas, entre as quais alguns agentes de segurança, e cerca de 80 a 100 presos. Mais de 75 fuzis, pistolas e granadas também teriam sido apreendidos.
A interrupção das vias expressas da cidade foi grande: trechos da Avenida Brasil, Linha Amarela e outras ligações foram bloqueados por barricadas e tiros. O transporte público foi severamente afetado.
Impactos para a cidade
A gravidade e o porte da operação motivaram o governo do estado a elevar o nível de alerta. A mobilização comprometeu atividades cotidianas: escolas suspendidas, transporte público interrompido ou desviado, moradores em estado de tensão.
Autoridades afirmam que a cidade vive “uma guerra contra o narcotráfico”, enquanto organizações da sociedade civil e especialistas questionam os efeitos de operações com alto grau de letalidade.
Próximos passos da investigação
As polícias civil e militar informaram que vão seguir com as diligências nas comunidades, coletando provas, cumprindo mandados pendentes e identificando as lideranças criminosas que conseguiram fugir do cerco. Também será avaliado o impacto da ação nos moradores e os danos estruturais causados durante os confrontos.
A operação em andamento será tema de reuniões entre governo do estado, forças de segurança e órgãos de controle para avaliar medidas de acompanhamento, responsabilização e segurança pública no longo prazo.


Fotos: Divulgação




