Por Redação | Portal A Gazeta RM
Uma grave denúncia envolvendo a saúde pública e a assistência social em Bananal revisitou após um morador de 47 anos, identificado como Paulo Sérgio Moura, ter um dos dedos amputado por conta de complicações causadas por diabete. A família, segundo relatos, não prestou apoio, e ele acabou dependendo da ajuda de uma moradora do município.
Conforme a mulher que prestou auxílio, Paulo, que reside no bairro Cerâmica, procurou ajuda em busca de atendimento médico no Hospital de Bananal. Quando o paciente estava sendo atendido, a assistente social do CRAS ligou para o hospital alegando que a moradora não poderia acompanhar o paciente, pois a mesma não “não era da família”, com isso atrasou mais o atendimento e remoção do paciente para Guaratinguetá.
A situação se agravou quando, segundo a denunciante, a servidora pública usou o carro oficial do CRAS para buscar parentes do paciente, o que acabou expondo ainda mais Paulo — já que nenhum familiar se dispôs a acompanhá-lo até Guaratinguetá para o atendimento necessário.
O paciente ainda teria tentado ligar diretamente para a responsável pelo CRAS, mas teve a ligação encerrada na sua cara. “Com a dor aumentando, tive que me humilhar pedindo ajuda a uma amiga do prefeito para liberar a transferência”, relatou a moradora. Após a intervenção, uma funcionária identificada como Mariana — que ocupa cargo de confiança — teria alegado que toda a responsabilidade recairia sobre a denunciante, exigindo inclusive um termo assinado por ela, pela irmã do paciente e pelo próprio Paulo.
“Foi um atraso desnecessário”, disse. “Quando chegamos a Guaratinguetá, o médico o internou na hora e constatou a gravidade do caso. Um dos dedos precisou ser amputado, e os demais continuam sob avaliação. Nenhum documento foi solicitado, o que prova que toda aquela burocracia só atrasou o atendimento e aumentou o sofrimento de quem já estava debilitado.”
Ela também relatou que Paulo havia sido atendido dias antes na unidade local de saúde, mas foi liberado com prescrição de apenas um antibiótico, sem maiores cuidados. “Na sexta-feira, levei ele novamente e, dessa vez, fizeram vários exames de imediato e o encaminharam direto para Guaratinguetá, onde ficou internado até quarta-feira seguinte.”
A moradora finaliza o relato com um apelo por mais humanidade no serviço público: “Essa situação só foi resolvida porque conheço alguém que conseguiu falar com o prefeito. Isso não pode ser regra. O atendimento precisa ser digno para todos.”
A gestão do prefeito William Landim tem sido constantemente cobrada por melhorias no atendimento da saúde municipal, especialmente no que diz respeito à humanização e agilidade nos serviços.
A Prefeitura de Bananal ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Fotos: Arquivo pessoal