Ministério da Justiça emite alerta a estabelecimentos após mortes e internações em São Paulo
Por Redação | Porta A Gazeta RM
Um morador de Bragança Paulista, de 52 anos, está entre os pacientes investigados por suspeita de intoxicação por metanol em São Paulo. Ele foi socorrido após ser encontrado desacordado em casa. Até o momento, não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dele.
De acordo com o Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, duas pessoas morreram e outras seguem internadas em decorrência de possíveis intoxicações pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Outros 16 casos estão sob investigação.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) emitiu no sábado (27) uma recomendação urgente a estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado e regiões próximas. O alerta foi motivado pela identificação, em um período de 25 dias, de ocorrências relacionadas ao consumo de produtos falsificados contendo metanol — substância altamente tóxica e de risco coletivo à saúde pública.
A nota oficial, assinada pelo secretário nacional do Consumidor, Paulo Henrique Pereira, ressalta a importância da cooperação entre governo, setor privado e sociedade no combate às práticas criminosas de falsificação. O documento orienta bares, restaurantes, casas noturnas, hotéis, mercados, atacarejos, distribuidores, plataformas de e-commerce e aplicativos de entrega a reforçarem os cuidados na compra, verificação e rastreabilidade das bebidas comercializadas.
Riscos do metanol
O metanol é um álcool simples, incolor e inflamável, com odor semelhante ao do etanol, presente em bebidas comuns. A ingestão, a inalação ou o contato prolongado podem causar náusea, tontura, cegueira e até morte. Pequenas quantidades já são suficientes para provocar intoxicação grave.
Além dos riscos à saúde, o produto é inflamável, podendo gerar incêndios e explosões em caso de manuseio inadequado.
Foto: Reprodução/TV Globo/Fantástico