Prazo também inclui avaliação da prisão domiciliar e pedido de asilo político encontrado no celular do ex-presidente
Por Redação | Portal A Gazeta RM
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até a próxima segunda-feira (1º) para se manifestar sobre o relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no inquérito que investiga o chamado tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.
O prazo também vale para que a PGR analise a manutenção da prisão domiciliar do ex-presidente, além dos argumentos apresentados pela defesa, que negam o descumprimento das medidas cautelares que o impedem de acessar suas redes sociais e perfis de terceiros. A procuradoria deve ainda se posicionar sobre as explicações a respeito do pedido de asilo político à Argentina, localizado no celular de Bolsonaro durante busca e apreensão realizada pela PF.
Inicialmente, o prazo para manifestação terminaria na manhã desta quarta-feira (27), mas foi ampliado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com a decisão, a PGR ganhou mais cinco dias para emitir parecer sobre o caso.
A ampliação foi definida na mesma decisão em que Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a realizar a vigilância integral da residência do ex-presidente. O reforço no monitoramento foi autorizado após o ministro receber uma cópia de pedido protocolado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que defendeu o aumento da fiscalização para garantir a “aplicação da lei penal” e evitar risco de fuga.
Foto: Marcos Corrêa/PR