Ação faz parte da Operação Swap Oculto e apura participação de funcionários de instituição financeira em desvio milionário com uso de criptomoedas
Por Redação | Porta A Gazeta RM
A Polícia Civil de São José dos Campos participa da Operação Swap Oculto, que apura um esquema de fraude bancária com prejuízo superior a R$ 11 milhões. A investigação envolve funcionários de uma instituição financeira suspeitos de colaborar com grupos criminosos.
A operação ocorre simultaneamente em São José dos Campos, Sorocaba, Praia Grande, São Bernardo do Campo, São Paulo (capital), além dos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Conduzida pela 4ª Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a ação apura movimentações suspeitas em contas corporativas de um banco, considerado vítima do esquema.
De acordo com as investigações, colaboradores da instituição usaram suas credenciais internas para burlar os protocolos de segurança e habilitar indevidamente IDs corporativos, permitindo o acesso não autorizado a contas de clientes. A partir disso, valores foram desviados para contas de “laranjas” e empresas de fachada.
Uma das empresas afetadas teve pelo menos R$ 7,9 milhões desviados. Parte do montante foi convertida em criptomoedas, especialmente USDT (Tether), movimentadas por meio de uma corretora de bitcoin. Até o momento, aproximadamente US$ 220 mil em criptoativos foram bloqueados judicialmente.
O delegado Paulo Eduardo Barbosa, responsável pela DCCiber, explicou que o foco da operação é identificar os chamados “insiders” — funcionários que atuam internamente em favor de organizações criminosas — e recuperar os valores desviados.
As diligências seguem em andamento em São José dos Campos e nas demais cidades envolvidas, com a análise de documentos, registros eletrônicos e transações financeiras que possam indicar o caminho do dinheiro e outros envolvidos no esquema.
Foto: Divulgação | SSP
