Ação da Operação Impacto 2025 em São Sebastião resulta em embargo e autuação ambiental após constatação de ocupação irregular e degradação de APP
Por Redação | Porta A Gazeta RM
Agentes da Polícia Militar Ambiental localizaram uma plantação de maconha em uma Área de Preservação Permanente (APP) no bairro de Maresias, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. O flagrante ocorreu na manhã da última terça-feira (11), durante a Operação Impacto 2025, e foi divulgado oficialmente na quarta-feira (17).
Segundo a PM Ambiental, a equipe do 3º Batalhão de Policiamento Ambiental realizava um patrulhamento preventivo quando identificou uma ocupação irregular às margens de um curso d’água. No local, havia uma construção de madeira usada como moradia e um alicerce de alvenaria ainda em fase inicial.
A área estava desprovida de vegetação nativa, o que chocou os policiais por indicar impedimento à regeneração natural — uma violação típica das APPs.
Durante a vistoria, os agentes encontraram sete mudas de cannabis sativa cultivadas em recipientes individuais.
O responsável pela propriedade afirmou que as plantas eram para uso próprio, e não para tráfico.
Medidas tomadas pela polícia
– A ocorrência foi registrada no 2º Distrito Policial de Boiçucanga.
– A PM embargou todas as atividades no terreno, impedindo novas construções ou plantações enquanto perdurar a investigação.
– Um Auto de Infração Ambiental (AIA) foi lavrado contra o responsável pela ocupação irregular.
A ocupação irregular dentro de uma APP reflete um desrespeito à legislação ambiental, que classifica essas áreas como especialmente protegidas por seu papel em manter a estabilidade do solo, prevenir erosão e conservar matas ciliares.
Além disso, o fato de haver desmatamento à beira de curso d’água reforça a gravidade da infração, pois prejudica a regeneração natural da vegetação e a conservação do entorno hídrico.
A Operação Impacto 2025, pela qual ocorreu a descoberta, reforça o empenho da Polícia Militar Ambiental no combate a crimes contra o meio ambiente no Litoral Norte paulista.
A ação demonstra que o patrulhamento preventivo pode levar à identificação de infrações ambientais graves, mesmo em locais de difícil acesso ou uso irregular.
Por enquanto, o responsável foi liberado após os procedimentos formais, segundo a PM.
A investigação continuará em curso, e a autuação pode evoluir para exigência de recuperação da vegetação nativa ou outras sanções previstas pela legislação ambiental.
A operação também reforça a necessidade de fiscalização mais rigorosa em áreas protegidas, sobretudo nas regiões litorâneas, onde a pressão por ocupação irregular pode ser mais intensa.
Fotos: Divulgação | PMASP
