Por Redação | Portal A Gazeta RM
A recente proposta de aumento tarifário anunciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — caso volte à Casa Branca — já gera preocupação entre especialistas e representantes do setor produtivo no Brasil. O chamado “tarifaço”, voltado a produtos importados de diversos países, poderá impactar negativamente as exportações brasileiras e, consequentemente, afetar pequenas empresas em cidades do interior.
Segundo analistas econômicos, a proposta de Trump inclui tarifas que podem ultrapassar 60% para produtos vindos da China, mas outras nações, como o Brasil, também podem sofrer consequências indiretas, especialmente se medidas protecionistas forem ampliadas para setores como o aço, o agronegócio e manufaturados. Isso prejudicaria diretamente pequenas indústrias e cooperativas brasileiras que exportam para os EUA ou dependem de insumos estrangeiros.
Bolsonaro e Seus Filhos: Há envolvimento?
Até o momento, não há indícios concretos de envolvimento direto do ex-presidente Jair Bolsonaro ou de seus filhos nas articulações do “tarifaço”. No entanto, Bolsonaro mantém uma relação pública de afinidade ideológica com Donald Trump e já manifestou apoio político ao ex-presidente norte-americano em diversas ocasiões.
Analistas políticos apontam que, apesar dessa proximidade, o “tarifaço” é uma proposta de política econômica voltada à campanha eleitoral de Trump nos Estados Unidos, com foco na disputa interna, e não há evidências de que políticos brasileiros estejam influenciando diretamente essa agenda.
Ações do governo brasileiro
Diante do cenário internacional incerto, autoridades brasileiras têm acompanhado o caso por meio dos ministérios da Fazenda, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O Itamaraty monitora as movimentações diplomáticas e avalia o impacto potencial nas relações comerciais entre os dois países.
Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que “eventuais mudanças na política tarifária dos EUA serão avaliadas com responsabilidade e espírito de diálogo”, destacando a importância de preservar os interesses das micro e pequenas empresas brasileiras, sobretudo nas regiões menos favorecidas.
Além disso, representantes do Sebrae e de federações do comércio têm alertado o governo sobre a necessidade de medidas compensatórias, como crédito facilitado, estímulo à diversificação de mercados e investimentos em inovação e capacitação para manter a competitividade das empresas nacionais.
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