Por Redação | Portal A Gazeta RM
O vereador Thallys Rodrigues (PP) está sendo investigado pela Câmara Municipal de Cachoeira Paulista em dois processos distintos. Na sessão da última terça-feira (24), os parlamentares aceitaram duas denúncias contra ele: uma por descumprimento do Código de Ética e outra por infração político-administrativa.
Primeira Denúncia: Injúria Contra Moradora
A primeira denúncia foi apresentada por Aldenice dos Santos Hummel Satim, moradora da cidade. Segundo ela, o vereador teria proferido injúrias contra ela e seu marido durante pronunciamento na tribuna, na sessão do dia 17 de junho. A denunciante afirma que Thallys usou palavras ofensivas e difamou injustamente seu desempenho como mãe.
A abertura do processo disciplinar foi aprovada por 7 votos a 5 e o caso foi encaminhado à Comissão de Ética da Câmara para apuração.
Votaram a favor da investigação os vereadores:
– Agenor do Todico (PL)
– Michel do Xandão (PP)
– Wellington Silva (PP)
– Tia Dani (Republicanos)
– Sérgio Lopes (Republicanos)
– Zé Rui Mendonça (União)
– Carlinhos do Gesso (Podemos)
Foram contrários:
– Ademir Lima (Podemos)
– Márcio Pita (Solidariedade)
– Thálitha Barboza (PT)
– Léo Fênix (PL)
– Thallys Rodrigues (PP)
Segunda Denúncia: Infração Político-Administrativa
A segunda denúncia foi apresentada por Leandro Aquino de Azevedo, também morador da cidade. Thallys é acusado de ter se beneficiado indevidamente da legislação municipal, que permite redução de jornada para servidores que precisam cuidar de familiares. Segundo a denúncia, o vereador teria solicitado a jornada reduzida para esse fim, mas usava o tempo para exercer suas funções como vereador e, assim, receber dois salários simultaneamente: um como ouvidor municipal e outro como parlamentar.
A acusação alega que, ao agir dessa forma, ele teria violado a Lei de Improbidade Administrativa, desviando a finalidade da lei para obter vantagem financeira. A denúncia foi aprovada pelo mesmo placar: 7 votos a favor e 5 contra.
Após a votação, foi sorteada a comissão responsável pela análise do caso, que será formada por:
– Carlinhos do Gesso (presidente)
– Zé Rui Mendonça (relator)
– Agenor do Todico (membro)
A comissão terá um prazo de 90 dias para concluir a investigação.
O Outro Lado
Sobre a primeira denúncia, Thallys afirmou que já se desculpou publicamente durante a sessão da última terça-feira (24).
“Infelizmente, no meio político, por vezes somos mal interpretados. Busquei apurar os fatos com os meios formais disponíveis e esclareci o ocorrido, inclusive lendo a resposta oficial da empresa de transporte escolar envolvida. Independentemente de qualquer situação, sigo à disposição da senhora Aldenice, de seus familiares e de toda a população cachoeirense”, disse o vereador.
Quanto à acusação de infração político-administrativa, Thallys negou qualquer irregularidade.
“O cargo que ocupo como ouvidor na Prefeitura de Cachoeira Paulista é legal em todos os aspectos, assim como meu mandato como vereador. O exercício das minhas atividades está plenamente amparado pela legislação. Não há qualquer tipo de burla ou crime de improbidade”, declarou.
As investigações seguem em andamento, e a Câmara deverá analisar os casos com base nos prazos regimentais.
Foto: Divulgação | CMCP