Por Redação | Portal A Gazeta RM
A vereadora e servidora pública Isabella Bastos foi alvo de críticas e ataques em uma transmissão ao vivo feita por um jornalista de Lorena. Durante a live, o jornalista acusou a parlamentar de bater ponto sem cumprir sua carga horária de trabalho, lançando dúvidas sobre sua atuação como enfermeira.
Isabella Bastos faz oposição ao prefeito William Landim da Silva, que responde a processos por improbidade administrativa e outros crimes em tramitação na Justiça. A recente denúncia contra Landim partiu de uma moradora de Bananal, que recorreu ao Ministério da Justiça após a Câmara Municipal se recusar a investigar o caso. A iniciativa conta com o apoio dos vereadores Isabella Bastos Nogueira e Pedro Luís Fonseca.
Diante da pressão gerada pela oposição, aliados do prefeito teriam mobilizado o jornalista de Lorena para produzir conteúdo difamatório contra Isabella. Segundo apuração, o comunicador tem histórico de propagação de fake news e responde a várias denúncias por calúnia e difamação.
Resposta da vereadora
Com 18 anos de serviço na Secretaria de Saúde, Isabella Bastos afirma que sempre cumpriu suas obrigações profissionais com dedicação e responsabilidade, incluindo plantões regulares como enfermeira. Segundo ela, as acusações fazem parte de uma perseguição política que se intensificou após sua manifestação contrária a medidas da atual administração municipal.
A vereadora relata que as retaliações começaram com uma tentativa de suspender sua bolsa de estudos na faculdade de Medicina. Mais recentemente, a base de apoio do prefeito tentou impugnar sua candidatura por meio de uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIJE), buscando inviabilizar sua posse como vereadora.
Investigação em curso
Sobre a investigação instaurada a partir de uma denúncia ao Ministério Público, Isabella Bastos afirma estar tranquila. “Confio na Justiça e acredito que a verdade prevalecerá. É importante destacar que não sou a única investigada. O prefeito, o secretário de Saúde e a gestora de RH também estão incluídos no processo, que ainda não foi concluído”, declarou.
A vereadora também denuncia que, desde o ano passado, vinha recebendo informações sobre uma estratégia para prejudicá-la por meio da imprensa, incluindo a oferta de dinheiro para a divulgação de notícias falsas e a promessa de custear eventuais processos judiciais decorrentes.
Continuidade do mandato
A recente decisão favorável do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) garantiu a continuidade de seu mandato e a manutenção de seus requerimentos na Câmara. Para Isabella, a reação agressiva de seus adversários é um indicativo de que suas cobranças estão surtindo efeito.
“Não serão ameaças ou estratégias sujas que me impedirão de cumprir minha missão como fiscalizadora. O que estamos vendo é uma tentativa desesperada de silenciar a oposição, algo nunca antes visto na política de Bananal”, afirmou.
Para reforçar sua defesa, Isabella Bastos apresentou documentos que comprovam o cumprimento regular de suas funções, incluindo relatórios assinados pelo atual secretário de Saúde. A vereadora reafirma seu compromisso com a transparência e a fiscalização da administração municipal.
DIREITO DE RESPOSTA
Prezado jornalista,
venho, por meio deste, solicitar formalmente o direito de resposta à matéria publicada sob sua autoria, na qual fui citada em contexto que exige esclarecimentos para a correta compreensão dos fatos.
Na reportagem, a nobre vereadora Isabella Bastos Nogueira, alega estar sendo perseguida no contexto do inquérito civil, porém não explica que apenas foi apontada sobre a necessidade do correto cumprimento das cargas horárias inerentes aos cargos que ocupava à época e a compatibilidade (ou não) com a faculdade de Medicina, que começou a cursar (e segue cursando!) em Vassouras/RJ. Logo, é fundamental esclarecer que a atuação da gestão de Recursos Humanos sempre se pautou pela legalidade, transparência e pelo princípio da impessoalidade, sem qualquer tipo de direcionamento pessoal ou perseguição política e que foi o próprio Ministério Público que deu início às investigações.
A exigência do cumprimento regular da carga horária é uma obrigação funcional de todo e qualquer servidor público e não pode ser tratada como uma questão pessoal ou política.
Além disso, qualquer alegação de que seria plenamente possível conciliar uma graduação integral em Medicina, na cidade de Vassouras/RJ, com a carga horária que a vereadora deveria cumprir no município à época, no período que consta do inquérito civil, deve ser analisada com base em critérios objetivos e não em narrativas que busquem desviar o foco do cumprimento de suas obrigações legais.
Informo ainda que, qualquer permissão dada de modo irregular pelo secretário de saúde não foi com a minha conivência, pois nunca compactuei com privilégios ou tratamento diferenciado e irregular entre os servidores.
Dessa forma, requeiro a publicação desta resposta nos mesmos espaços e formatos utilizados para veicular as alegações mencionadas, garantindo o equilíbrio da informação e o respeito ao contraditório.
Atenciosamente,
Silvana Aparecida de Lima Souza, vulgo Vaninha do RH
Foto: Arquivo pessoal