Polícia

Namorado de professora de São José dos Campos, SP e seu comparsa mataram vítima para roubar dinheiro de imóvel

De acordo com a polícia, educadora havia conhecido o amado na internet; ele confessou o crime. Suspeitos foram presos em São José e Jacareí nesta terça-feira

Foto: Reprodução

A professora Helena Cristina da Silva André, 48 anos, de São José dos Campos, foi morta pelo namorado e por um comparsa que queriam roubar o dinheiro de um imóvel que ela havia vendido recentemente, de acordo com investigação da polícia. Os suspeitos no envolvimento do crime foram presos na manhã desta terça-feira (17) no Conjunto 31 de Março, na zona sul de São José, e no bairro Rio Comprido, em Jacareí.

Os suspeitos foram levados à delegacia de Caçapava e ouvidos pela equipe do delegado Hugo Pereira de Castro, responsável pela investigação. Um dos presos confessou o crime e afirmou que o seu comparsa teria matado a professora a facadas. O comparsa, por sua vez, nega. Os dois suspeitos têm passagens pela polícia — o namorado da professora tinha dois mandados de prisão abertos por estelionato e o comparsa tem passagens por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

O relacionamento entre Helena e um dos suspeitos era recente, de acordo com a polícia, e eles teriam se conhecido via internet. No dia do crime, a professora combinou de sair com o amado, mas foi executada em Caçapava e seu corpo foi carbonizado em um canavial. De acordo com a polícia, os suspeitos queriam o dinheiro da vítima, que havia vendido um imóvel recentemente. A polícia diz que foram realizados saques, em valores não divulgados, e que ‘há robusta prova contra os suspeitos’.

Os dois suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e o relatório do inquérito aponta que o crime foi latrocínio (morte seguida de roubo) e ocultação de cadáver. Inicialmente a qualificação da morte era de feminicídio, que tem penas menores. O documento elaborado pela equipe do delegado Hugo, agora, será encaminhado ao Ministério Público.

O CASO.
A professora foi encontrada carbonizada no bairro Tijuco Preto, zona rural de Caçapava, na tarde do dia 23 de setembro, por volta das 13h. A reportagem esteve no local no dia do crime e constatou junto aos peritos que havia sangue fresco no local, indicando que antes de ser carbonizada, a mulher havia sido assassinada. A professora, natural de Três Rios (RJ), era da Escola da Tecelagem e morava na zona norte de São José. O corpo, encontrado carbonizado, foi reconhecido três dias depois. Para a família, a professora era uma “mãe”.

Por Por Jesse Nascimento | O Vale