Política

Denúncias contra a Gardênia chegam à Comissão de Transportes da ALMG

Parlamento sugere rescisão de contrato com empresa que atende a 150 municípios no Sul de Minas

Em decorrência da má prestação de serviços de transportes nas linhas em operação, a empresa de ônibus Gardênia está sendo alvo de investigações por parte da Comissão de Transportes, Comunicação e Obas Públicas da Assembleia Legislativa de Minas. A rescisão contratual chegou a ser solicitada à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra).

A empresa atende a cerca de 1’50 municípios no Sul de Minas, mas há anos vem acumulando denúncias de usuários insatisfeitos com os serviços de transporte prestados. 

O movimento contra a Gardênia chegou ao auge nesta segunda-feira (13), quando o deputado Dr. Maurício (Novo) fez chegar ao secretário Pedro Bruno documento contendo denúncias de usuários inconformados com os atrasos em horários de viagens, problemas sanitários e de má conservação dos veículos. O parlamentar foi mais além, ao sugerir que uma nova licitação envolva duas empresas, em vez de apenas uma, na prestação do serviço de transporte intermunicipal.

Para embasar a denúncia, o deputado relatou que os ônibus em atividade são precários, mal conservados, têm para-brisas quebrados, sofrem constantes acidentes e sempre se atrasam. Passageiros, segundo ele, perdem, inclusive, consultas e outros procedimentos médicos. “São mais de dez anos de descaso com a população do Sul de Minas. Temos tido muita paciência com a empresa”, afirmou.

Por sua vez, o secretário afirmou que o governo tem grandes preocupações com o Expresso Gardênia, em decorrência dos múltiplos contratos com o Estado e tem sido uma das viações com maior número de reclamações. Só em 2023, segundo ele, a empresa passou por 66 vistorias, que resultaram em 365 notificações de irregularidades a serem corrigidas.

Além desse reforço na fiscalização, Pedro Bruno afirmou que o governo vai tomar as providências adequadas, a partir das novas denúncias. “Vamos atuar no âmbito da Seinfra, resguardando a preocupação fundamental com a segurança dos passageiros. E temos penalidades previstas no contrato”, afirmou.

Para o secretário, entre as medidas para a questão, está o exame de cada um dos contratos da Gardênia, que foram feitos há cerca de quinze anos para um período de trinta anos de concessão. Se o problema se mantém, segundo ele, há mecanismos contratuais que preveem a caducidade e podem levar ao fim da concessão.

Por Portal da Cidade Pouso Alegre