Sul de Minas

Tapeceiro acusado de matar adolescente por ciúmes em Poços de Caldas é preso pela polícia em SP

Foto: Polícia Civil / Reprodução 

O tapeceiro de 64 anos acusado pelo estupro e homicídio de Ághata Soares de Brito, de 13 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (17) em São Paulo (SP). O crime aconteceu em Poços de Caldas (MG) em 2020. Após o fato, ele deixou uma carta de confissão e, desde então, era foragido da Justiça.

Segundo a Polícia Civil, a prisão foi feita por meio da Agência de Inteligência de Poços de Caldas. O autor foi encontrado em um abrigo, onde foi capturado pela polícia. A Polícia Civil segue as diligências.

Caso Ághata

Ághata Soares de Brito, de 13 anos, foi morta a facadas. Ela foi vista pela última vez no dia 31 de janeiro de 2020. O corpo dela foi encontrado em estado de decomposição no dia 3 de fevereiro na tapeçaria do suspeito, no bairro Jardim Paraíso, em Poços de Caldas (MG).

A família chegou a fazer o registro do desaparecimento da adolescente. Ághata iria completar 14 anos no dia 19 de fevereiro de 2020.

Foto: Reprodução 

Segundo a Polícia Civil, a menina teria levado pelo menos 14 facadas no pescoço. Uma carta de confissão que teria sido escrita pelo suspeito foi encontrada dentro da tapeçaria. O motivo seria ciúmes.

“Foi constatado pela carta que o autor, além de confessar o homicídio, ele demostra que a provável motivação dos fatos foi passional. Que apesar dele ser um senhor de idade, e a jovem ter apenas 13 anos, ele demonstrava afeto por ela e não estava aceitando um novo relacionamento que ela estaria tendo com outro indivíduo”, explicou o delegado responsável pelo caso Hernani Perez Vaz.

Em março de 2020, a Polícia Civil indiciou o tapeceiro de 61 anos suspeito da morte da adolescente encontrada morta. À época, o suposto autor do crime era considerado foragido.

“Ele acabou sendo indiciado pelo crime de homicídio doloso triplamente qualificado, no caso por motivo fútil, meio cruel, uma vez que a lesão que causou a morte da adolescente foi por esgorjamento, que é uma secção de orelha a orelha e também pelo feminicídio, uma vez que na carta ele demonstra que não aceitava o fim do relacionamento, uma vez que ela estava iniciando um namoro com um terceiro indivíduo naquela semana”, disse o delegado regional da Polícia Civil, Hernanni Perez Vaz

Ainda conforme o delegado, outro ponto que indica premeditação é que alguns antes dias do crime, o suspeito procurou um amigo dizendo que iria deixar a tapeçaria onde trabalhava e que precisava vender materiais.

“Pediu auxílio desse indivíduo para ajudar a vender, inclusive, um celular que estava em posse da vítima, mas que segundo levantamento, teria sido dado por ele à vítima”.

Pais de Ágatha

Os pais da jovem afirmaram à polícia que não tinham conhecimento do relacionamento de Ágatha com o suspeito, mas que sabiam que a filha frequentava a tapeçaria todos os dias.

“Segundo os vizinhos, é de conhecimento que a vítima teria um relacionamento com esse homem e que seria de conhecimento dos pais. Além disso, a menina prestava pequenos serviços para o suspeito, assim como os pais eventualmente também auxiliavam no trabalho de tapeceiro”, detalhou o delegado.

Foto: Reprodução

Por g1