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Justiça decreta prisão temporária de homem investigado pela morte da ex-namorada em Lorena

Luiz Guilherme Costa de Oliveira, de 22 anos, é investigado pela Polícia Civil após a ex-namorada dele ser espancada até a morte em Lorena, no sábado. Ele está foragido.

Foto: Arquivo Pessoal

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decretou a prisão do homem investigado pelo assassinato da ex-namorada, que foi espancada até a morte em Lorena (SP).

Luiz Guilherme Costa de Oliveira, de 22 anos, está foragido e é investigado pela Polícia Civil por possível envolvimento no caso. Elda Mariel Aquino Fortes, de 29 anos, foi encontrada morta em casa no último sábado (16), com sinais de espancamento. Ela deixa dois filhos – leia mais detalhes abaixo.

Foto: Arquivo pessoal

O pedido de prisão temporária de 30 dias (prorrogáveis por mais 30) foi feito pela Polícia Civil e concedido pela Justiça nesta segunda-feira (18). A Justiça considerou haver elementos suficientes par autorizar a prisão temporária.

A Polícia Civil informou que trata o caso como feminicídio e que o jovem é o principal suspeito. Ele consta como investigado no boletim de ocorrência e ainda não foi localizado pela polícia.

Ainda segundo o BO, a Polícia Militar foi até a casa do suspeito no sábado, mas não o encontrou. O pai do investigado disse que ele mora lá, mas não havia retornado para casa desde a sexta-feira (15).

Os policiais procuraram Luiz Guilherme em outros dois endereços da cidade, mas ele também não foi encontrado. Agora, ele é considerado foragido pela justiça.

O caso

O caso aconteceu na madrugada do último sábado (16), na rua Conselheiro Rodrigues Alves, região central de Lorena.

O corpo de Eldafoi encontrado pela mãe dela em uma edícula no fundo da casa da família morava. A mulher tinha várias lesões no rosto e sinais de asfixia causados possivelmente por um golpe ‘mata-leão’. O pescoço estava quebrado.

 Foto: Arquivo pessoal

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte no local. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames de necropsia. O enterro aconteceu no domingo (17).

“O que mais me dói é que ele matou minha filha dentro da minha casa. Ele matar em qualquer lugar já doeria muito. Mas dentro da minha casa me dói dobrado, porque eu estava aqui. Ele foi um covarde”, afirma Valéria Fortes, mãe de Elda.

— Valéria Fortes, mãe de Elda.

Na noite anterior ao crime, Elda havia saído com uma amiga. No BO, a amiga disse à Polícia Civil que, na volta, o investigado estava na frente de sua casa dizendo que queria encontrar com Elda.

Segundo o registro, a amiga alertou Elda, que foi embora. O último contato entre elas foi às 5h02.

Medida protetiva

Em janeiro deste ano, Elda havia registrado um boletim de ocorrência contra o homem por ameaça, violência doméstica e perseguição. A vítima também já havia solicitado e conseguido uma medida protetiva de urgência conta ele.

“Depois do velório eu me deparei nas redes sociais com diversas mães falando que passaram por isso e que sofrem com a impunidade. As medidas protetivas não estão funcionando. Precisa ter uma rede protetora para isso”, afirmou Valéria.

Elda deixa dois filhos – um de 14 anos e um de três. A criança de três é fruto do relacionamento da mulher com o ex-companheiro investigado pelo crime.

Por g1