Por Portal da Cidade Pouso Alegre
A Regional da Polícia Civil comunicou na manhã desta segunda-feira (4) a prisão da diretora de uma escola particular no município de Ouro Fino, no Sul de Minas, onde uma criança de um ano e quatro meses teria sofrido agressões. O caso foi à tona na segunda quinzena do mês passado e, no dia 25 de outubro, uma das monitoras suspeitas da agressão já teria sido presa por ordem da 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais de Ouro Fino.
Após investigações, ouvir testemunhas e análise de imagens e vídeos de atividades em salas de aulas, o Ministério Público pediu a prisão também da diretora, fato consumado na sexta-feira (1). Ainda na sexta-feira foi autorizada a reabertura da escola que tem cerca de 300 alunos matriculados no ensino infantil e fundamental.
Nesta manhã (4) a assessoria de comunicação da Regional emitiu o seguinte comunicado à imprensa: “A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) segue com o procedimento que investiga as denúncias sobre maus-tratos em uma escola na cidade de Ouro Fino, no Sul do estado. A equipe da Delegacia de Ouro Fino analisou as imagens do sistema de monitoramento da escola. Envolvidos e testemunhas foram ouvidas. A monitora, responsável pelo berçário, teve a prisão preventiva efetivada no dia 25 de outubro, enquanto a diretora da escola na última sexta-feira (1/11). Mais informações somente com a conclusão do Inquérito Policial.
O CASO
Um bebê de um ano e quatro meses teria sido vítima de maus-tratos em uma escola no município de Ouro Fino, no Sul de Minas. A denúncia foi formulada pela mãe da criança e está sendo investigada pela Polícia Civil local e Ministério Público.
Conforme denunciou a mãe, o filho teria sofrido agressão praticada por uma monitora da instituição. A suspeita surgiu quando vazou de redes sociais o áudio de uma conversa entre uma professora e uma monitora da creche. Elas se referiam às marcas na criança, que seriam de agressões feitas por uma delas. A mãe, que já havia percebido marcas roxas pelo corpo da criança, concluiu pelos maus-tratos e registrou a denúncia na Polícia Civil.
INVESTIGAÇÕES
O órgão se segurança abriu investigações e o caso chegou ao conhecimento do Ministério Público, que também denunciou a educadora. Segundo o MPMG, a investigada agia de forma ríspida e agressiva com as crianças. Imagens de vídeo de 17 de outubro mostram a suspeita arrastando uma criança pela perna com o uso de “força desproporcional”. Num outro vídeo anterior, de 11 de outubro, a professora bate na mão de um aluno e, em outro momento, “arranca o babador de uma criança com muita força, fazendo com que ela bata a cabeça na mesa”, registra a denúncia. Um terceiro relato vem de 1º de outubro, quando ela “atingiu uma criança com um colchão”.
Áudios em que a professora, supostamente, admite ter agredido ao menos uma criança, também estão sendo analisados pelo Ministério Público. Conforme os autos, ela diz ter dado um “beliscão” em um aluno e justifica que “perdeu a noção e fez com vontade”. Porém, não admite ter sido a causadora dos hematomas na perna do bebê.
RETORNO
A escola onde os fatos ocorreram, Colégio Abnara, foi interditada enquanto procediam as investigações, mas teve autorização para retornar as aulas e já funciona nesta segunda-feira (4). Uma nota sobre o caso foi divulgada pela escola aos pais ou responsáveis, em que a instituição se posiciona contra qualquer tipo de maus-tratos aos alunos e informa que está colaborando com as investigações.