Por Redação | Porta A Gazeta RM
Nesta terça-feira (9), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia Adjunta de Defraudações e Estelionato de Itajubá, deflagrou a Operação Couraça — que investiga uma organização criminosa acusada de aplicar golpes mediante falsos leilões de veículos e falsas centrais de atendimento bancário. Cinco pessoas foram presas, de um total de nove mandados de prisão preventiva expedidos.
Conforme a investigação, os alvos do esquema atuavam em várias regiões do país e tinham como principais vítimas idosos residentes em diferentes estados. A estimativa preliminar aponta que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 2,5 milhões com a fraude.
Durante a operação, também foram realizadas buscas e apreensões em endereços em São Paulo e no litoral paulista — nas cidades de São Paulo, Praia Grande, São Vicente e Itanhaém — com apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), do Grupo de Operações Especiais de Santos (GOE-Santos) e da delegacia de capturas paulista.
As investigações apontam a prática dos crimes de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo as autoridades, a quadrilha operava por meio de sites falsos que simulavam leilões legítimos de veículos — oferecendo preços atraentes — e também mantinha falsas centrais bancárias para dar aparência de credibilidade às negociações.
A prisão dos suspeitos é mais uma etapa de longo histórico de investigações da PCMG contra esse tipo de crime. No ano de 2025, por exemplo, a corporação já havia deflagrado a Operação Martelo Virtual, que resultou na prisão de diversos envolvidos e na apreensão de documentos, veículos e bens — em casos relacionados a falsos leilões online.
O que se sabe até agora
– A Operação Couraça resultou na prisão de cinco dos nove alvos com mandado de prisão preventiva.
– As ações incluíram mandados de busca e apreensão em São Paulo e no litoral paulista.
– O golpe envolvia falsas ofertas de veículos via internet, com sites que simulavam leilões legítimos. As vítimas realizavam pagamentos, mas nunca recebiam os bens.
– Os prejuízos estimados chegam a R$ 2,5 milhões.
Golpes envolvendo falsos leilões de veículos têm sido alvo de operações em diferentes estados. Em 2025, a PCMG conduziu a Operação Martelo Virtual, que desarticulou um esquema similar: foram presos vários suspeitos, apreendidos veículos e feitos bloqueios de bens e contas.
Também houve ação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) em conjunto com a PCSP, na chamada Operação Lance Final, para conter quadrilha que aplicava golpes de falso leilão em São Paulo e litoral paulista em 2025.
As investigações mostram que esse tipo de organização criminosa age com alta sofisticação: criam sites falsos que imitam leiloeiros reais, usam estratégias de marketing e anúncios pagos para atrair vítimas e operam com contas de “laranjas” para lavar o dinheiro obtido de forma ilícita.
A Operação Couraça revela a atuação continuada das polícias em todo o país para enfrentar fraudes virtuais e crimes financeiros que atingem especialmente pessoas vulneráveis, como idosos. A prisão dos suspeitos ajuda a interromper novos golpes, além de servir como alerta para a população sobre os riscos de ofertas muito abaixo do mercado.
Foto: Divulgação | PCMG




