Por Redação | Portal A Gazeta RM
Um adolescente de 15 anos tentou matar uma colega dentro da Escola Estadual João Feliciano, no bairro Jardim Didinha, em Jacareí, na noite de sexta-feira (27). Durante o ataque, um professor de 49 anos ficou levemente ferido ao tentar proteger a estudante. O caso gerou pânico entre alunos e funcionários da unidade.
De acordo com a ocorrência, o adolescente portava uma faca e tentou atacar uma aluna de 15 anos após uma discussão dentro da escola. Ao perceber a situação, o professor interveio e acabou sendo atingido no braço. Funcionários conseguiram conter o agressor até a chegada da Polícia Militar.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encaminhou o adolescente, sob escolta policial, para a Santa Casa de Jacareí, onde ele permaneceu em observação antes de ser apresentado à autoridade policial.
Segundo relatos, o jovem havia interrompido o uso de medicamentos controlados há cerca de duas semanas e vinha apresentando comportamento alterado. Testemunhas afirmaram que ele demonstrava interesse em vídeos sobre massacres em escolas. Durante a ação, conforme relato do professor, o adolescente dizia frases desconexas como:
“Se chamar a polícia, eu não mato ela. Pode quebrar minha mão, mas não largo a faca.”
As investigações indicaram que o alvo inicial do agressor seria outro estudante. A aluna teria tentado impedir a aproximação e, por isso, tornou-se o alvo do ataque.
O caso foi registrado na Polícia Civil como ato infracional análogo a homicídio tentado. Devido à gravidade, foi determinada a apreensão e a internação provisória do adolescente na Fundação CASA, por representar risco de reincidência e necessidade de proteção social.
Segundo o delegado responsável, o caso só não terminou em tragédia por causa da rápida intervenção do professor e dos funcionários da escola.
A direção da Escola Estadual João Feliciano informou que irá reforçar os protocolos de segurança, incluindo inspeção de mochilas, intensificação da vigilância nos horários de entrada e saída, além de oferecer apoio psicológico aos alunos, professores e demais envolvidos.
O episódio reacende o debate sobre a saúde mental dos adolescentes e a segurança nas escolas. A tentativa de homicídio cometida por menores é tratada como ato infracional análogo a crime e pode levar à internação em unidade socioeducativa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), especialmente em casos de grave ameaça e risco à sociedade.
Neste caso, a Polícia Civil considerou os elementos suficientes para a decretação da internação provisória do adolescente.
Foto: Google Maps
