Por Redação | Portal A Gazeta RM
A Polícia Federal prendeu em flagrante, na manhã desta quarta-feira (2), Almir José Euzébio do Prado, ex-diretor da Escola Municipal Maria Zélia Freitas Lorena, localizada na zona rural de Cachoeira Paulista (SP). Ele é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de materiais escolares e furto de merenda pública.
A operação, batizada de Alvo 53 — em referência ao artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante o direito à educação — cumpriu três mandados de busca e apreensão: um em Cachoeira Paulista e dois em Itajubá, no interior de Minas Gerais.
Na residência do ex-diretor, os agentes encontraram e apreenderam materiais escolares que deveriam estar na escola e um computador pertencente à Prefeitura de Cachoeira Paulista. Almir foi preso por peculato, e outros crimes continuam sob investigação.
As apurações tiveram início após uma denúncia à Polícia Federal apontar que os alunos da escola estavam sem material básico e em condições precárias de aprendizagem. A partir daí, surgiram indícios de que materiais enviados à unidade estavam sendo desviados.
Durante as investigações, a PF descobriu que os suspeitos criaram empresas de fachada para firmar contratos fraudulentos com a prefeitura. Além disso, Almir também é investigado por falsificação de documentos públicos visando desviar merenda escolar.
A Polícia Federal investiga os crimes de peculato, associação criminosa, fraude em licitação e falsificação de documentos. Caso as acusações sejam confirmadas, os envolvidos podem ser condenados a até 20 anos de prisão.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito de Cachoeira Paulista, Breno Anaya (PP), confirmou a operação e afirmou que os crimes não têm relação com a atual gestão. O ex-prefeito Antônio Carlos Mineiro (Avante), por sua vez, declarou que, ao tomar conhecimento das denúncias, abriu processo administrativo contra o ex-diretor e registrou um boletim de ocorrência à época.
A reportagem tenta contato com a defesa de Almir José Euzébio do Prado.

Fotos: Reprodução | PF e Redes Sociais