Por Redação | Portal A Gazeta RM
Uma tragédia aconteceu na manhã desta terça-feira (12) em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. A enfermeira Rubian Luísa de Castro Gregório, de 41 anos, foi encontrada morta em sua residência, localizada na Rua Vitor Buono. O principal suspeito do crime é seu ex-namorado, Sandro de Oliveira, de 49 anos, que foi preso após ser contido por vizinhos que acionaram a polícia.
De acordo com o boletim de ocorrência, Rubian estava em casa por volta das 11h quando Sandro, seu ex-companheiro, teria invadido o local. Aparentemente, houve uma discussão seguida de agressão física. Após o ataque, Sandro tentou fugir, mas foi interceptado por moradores que ouviam os gritos de socorro da vítima. Ao chegarem, as equipes de resgate descobriram que Rubian já estava sem vida devidos aos feriados causados pelo agressor.
Sandro foi detido pela polícia e encaminhado ao hospital, pois apresentou lesões que, segundo informações preliminares, podem ter ocorrido durante o confronto com os vizinhos ou como tentativa de conte-lo.
A família da vítima revelou que Rubian havia terminado o relacionamento com Sandro há cerca de dois anos. Desde então, ela possuía uma medida protetora contra ele, devido ao histórico de agressões e ameaças. O descumprimento dessa medida reforça a gravidade do caso, que agora está sendo investigado como feminicídio, além de incluir acusações de violência doméstica e desobediência.
O caso está sob responsabilidade da Delegacia da Mulher de Pindamonhangaba, que já iniciou o processo de investigação. As autoridades coletando depoimentos de testemunhas e analisando evidências para esclarecer o ocorrido e determinar as circunstâncias exatas do crime.
A morte de Rubian sofreu grande comoção em Pindamonhangaba, especialmente entre seus colegas de trabalho e pacientes da Santa Casa da cidade, onde ela trabalhou como enfermeira. Em nota, a instituição lamentou profundamente a perda, destacando a dedicação e o profissionalismo da colaboradora. A Santa Casa expressou solidariedade aos familiares e amigos de Rubian, lembrando-a como uma profissional exemplar.
Rubian deixa um filho de 16 anos, que agora enfrenta o luto precoce e a difícil realidade da perda da mãe de forma tão violenta. A família pede justiça e clama por medidas mais rígidas contra a violência doméstica, para que outras mulheres não passem pela mesma situação.
O feminicídio de Rubian expõe uma realidade alarmante: uma violência crescente contra a mulher no Brasil. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica um aumento significativo nos casos de feminicídio, especialmente em contextos de relacionamentos abusivos e com histórico de agressão. Especialistas afirmam que, apesar das medidas protetivas, a falta de fiscalização efetiva permite que os agressores continuem a ameaçar e, em casos extremos,
A tragédia que tirou a vida de Rubian Luísa de Castro Gregório serve como um triste lembrete da urgência em combater a violência doméstica. Se você ou alguém que conhece está em situação de risco, não hesite em buscar ajuda. Denúncia através do telefone 180, que oferece atendimento especializado para vítimas de violência.
Foto: Bruna Capasciutti / Arquivo Pessoal