Por Redação | Portal A Gazeta RM
Nesta quarta-feira (30), a Justiça decretou a prisão preventiva de Thiago Bally (PSDB), vereador eleito em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, sob suspeitas de envolvimento em um homicídio ocorrido em abril deste ano. A decisão foi assinada pela juíza Gláucia Fernandes Paiva, da Vara Criminal de São Sebastião, que indicou a existência de provas que relacionaram o vereador ao caso e apontaram a prisão preventiva.
O crime investigado aconteceu na tarde de 6 de abril em uma chácara conhecida como “Sítio Velho”, localizada na Rodovia Doutor Manoel Hipólito do Rêgo, no bairro Juquehy. A vítima, Victor Alexandre de Lima, de 22 anos, teria recebido uma ligação antes do ocorrido e foi dirigida ao local, onde encontrou Maiquel Douglas Pires Ferreira, com quem negociava uma venda.
Em depoimento à polícia, Maiquel confessou a autoria dos disparos, mas alegou defesa legítima como justificativa. Ele foi inicialmente preso temporariamente, e, na mesma decisão que decretou a prisão de Thiago Bally, a Justiça converteu a prisão de Maiquel para preventiva.
No processo, a juíza destacou que Thiago Bally, cujo nome completo é Thiago Alack de Souza Ramos, esteve no local do crime pouco antes do ocorrido e que ele e a vítima tinham desentendimentos anteriores. Em depoimento, Bally afirmou sua presença na área nos minutos que antecederam o assassinato, afirmando que parou para ajudar um motorista com problemas mecânicos e que deixou o local após chamar ajuda, negando qualquer ambiente.
No entanto, uma denúncia do Ministério Público de São Paulo sustenta que Thiago Bally teria ordenado a execução de Victor, motivada por rumores de que a vítima estaria pensando em sequestrar sua filha. Esse possível motivo, somado a outros acusados presentes no inquérito, levou o Ministério Público a pedir a prisão preventiva do vereador, alegando risco de fuga e interferência no andamento das investigações.
Na decisão, a juíza Gláucia Fernandes Paiva justificou a prisão preventiva de Thiago Bally, afirmando que existem “indícios suficientes nos autos que indicam a imprescindibilidade da prisão preventiva e a insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão no caso em concreto.”
Até o início da noite de quarta-feira (30), Thiago Bally ainda não havia sido localizado pela polícia. Ele foi o sétimo vereador mais votado em São Sebastião, com 1.173 votos nas eleições deste ano.
A prisão preventiva de um representante eleito causa grande repercussão e levanta questionamentos sobre os impactos do caso no cenário político local, além de fortalecer o comprometimento das autoridades com a apuração rigorosa das responsabilidades pelo crime.
Foto: Divulgação | CMSS