Por Redação | Portal A Gazeta RM
Na noite do último sábado (15), um motorista de ambulância de 66 anos foi brutalmente agredido enquanto prestava atendimento a uma mulher embriagada em Ouro Fino (MG). O agressor, que seria marido da paciente, desferiu um soco no rosto do profissional, quebrando três de seus dentes e causando um corte facial. Câmeras de segurança registraram a agressão, e as imagens começaram a circular nesta semana.
O motorista, identificado como Antônio de Souza Batista, atuava em uma ambulância que dava suporte à festa de celebração do aniversário do município, realizada na praça central de Ouro Fino. Durante o evento, precisou conduzir uma mulher embriagada ao pronto atendimento, acompanhada pelo marido.
Ao chegarem à unidade de saúde, a mulher se recusou a sair do veículo. Batista tentou convencê-la a descer, mas o marido, exaltado, começou a discutir com o profissional e o agrediu com um soco no rosto. A violência do golpe fez com que o motorista caísse ao chão, sendo imediatamente socorrido por funcionários do pronto atendimento.
A Polícia Militar foi acionada e conteve o agressor, que assinou um termo de compromisso para comparecer ao Juizado Especial Criminal e foi liberado.
Batista, conhecido como Toninho da Defesa Civil, trabalha como motorista de ambulância há cerca de dez anos e também atua voluntariamente na Defesa Civil de Ouro Fino. O prefeito do município, Toninho Miguel (Novo), classificou o episódio como um “ataque covarde” e reforçou a necessidade de punição ao agressor.
“Um ataque covarde que não atinge apenas o Toninho fisicamente, mas todos os servidores públicos. As pessoas que estão ali para servir, prestar atendimento e garantir que a população tenha acesso à saúde merecem respeito, independentemente das circunstâncias”, declarou o prefeito em um vídeo publicado nas redes sociais da prefeitura.
Ele também afirmou que a administração municipal buscará todas as medidas legais cabíveis para que os responsáveis sejam penalizados.
Desde o ocorrido, Batista tem recebido diversas mensagens de apoio e solidariedade da comunidade e de colegas de trabalho.
“Tem tido muita repercussão, mas isso não precisava acontecer. São quase dez anos que estou na ativa, vou a todos os eventos como motorista de ambulância e nunca passei por nada assim, nem agressão física, nem verbal. Fui pego de surpresa”, lamentou.
O caso reacende o debate sobre a segurança de profissionais da saúde que atuam em situações de emergência e a necessidade de medidas mais eficazes para protegê-los contra atos de violência.


Fotos: Reprodução