Por Redação | Porta A Gazeta RM
Na terça-feira (25), o presidente da Câmara Municipal de Silveiras, Marco Aurélio Gonçalves Ferreira Diniz (PL), divulgou nas redes sociais uma nota pública, refutando as acusações de agressão verbal e empurrões feitas por uma servidora jurídica da Casa. A acusação já havia sido registrada em boletim de ocorrência, com relato de “vias de fato” e desejo de representação criminal por parte da servidora.
Versão da acusação
Segundo a servidora — identificada como procuradora do legislativo —, o suposto incidente ocorreu no dia 24 de novembro de 2025, dentro da sede da Câmara. Ela afirma ter sido ignorada por colegas, questionado o não repasse de documentos sob sua responsabilidade e ter solicitado que seus pedidos fossem registrados em ata, o que foi negado. Ao buscar apoio institucional, ela teria sido confrontada por Marco Aurélio, que, após repreensões verbais, teria a empurrado. O episódio culminou na intervenção de um assessor da Casa, que impediu novas agressões, e levou a procuradora a registrar ocorrência na delegacia local.
Nota de resposta do presidente
Na nota divulgada, o vereador Marco Aurélio afirma que o caso não passa de “deturpação de um conflito interno entre servidores” e classifica a denúncia como “armação da oposição”. Segundo ele, a servidora já teria apresentado “diversos registros anteriores” contra outros colegas e gestores desde 2018, o que, conforme ele, configuraria um padrão de comportamento. Ele também diz que a denúncia visa “transformar uma frustração de expectativa pessoal em crise política” e que, por isso, registrou boletim de ocorrência por “denunciação caluniosa e calúnia”.
O parlamentar garante inocência e afirma que os demais servidores presentes no momento dos fatos estariam dispostos a testemunhar que não houve agressão. Segundo ele, o episódio se resumiu a uma tentativa de mediação de conflito interno, não há uma agressão física.
O caso divide opiniões na cidade. De um lado, há quem defenda a servidora e exija apuração rigorosa; de outro, há apoio ao presidente da Câmara, que conta, segundo relatos, com maioria entre os vereadores — o que pode dificultar qualquer processo interno contra ele. Fontes extraoficiais afirmam que há intenção de instalar uma comissão especial para investigar o caso, mas a força para levar adiante a apuração dependeria da disposição da base aliada.
A situação põe em evidência fragilidades na gestão de conflitos internos em poderes públicos menores, especialmente quando se cruzam relações de hierarquia, assédio e disputas políticas. A postura da Câmara — presidida por Marco Aurélio — poderá influenciar a credibilidade da instituição perante servidores e cidadãos.
Próximos passos esperados
– A denúncia formal segue com a investigação da polícia local e, caso haja provas adicionais, poderá avançar para processo criminal.
– Internamente, a proposta de abertura de comissão para apurar os fatos dependerá da disposição dos vereadores que compõem a base de apoio ao presidente.
– A transparência do processo — com acesso a testemunhas, documentos e, se existentes, imagens ou gravações — será essencial para garantir justiça e restauração institucional.
Fotos: Divulgação | CMS




