Por Redação | Porta A Gazeta RM
A via de acesso pela BR-354, no município de Itamonte (MG), permanece totalmente interditada desde a noite desta terça-feira (9), em consequência da queda de árvores e barreiras sobre a pista — situação que, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), representa risco à segurança dos motoristas. A interdição atinge um trecho da serra da Serra da Mantiqueira, um dos principais corredores entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro.
Fontes oficiais confirmam que o bloqueio ocorre no km 768 da rodovia, na região rural de Itamonte. A PRF e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) atuam na remoção de detritos — árvores, terra e barreiras — porém, até o momento, não há previsão para liberação da pista.
Como rota alternativa, a PRF orienta os motoristas a utilizar a MG-158, passando por Itanhandu e Passa Quatro, até chegar a Cruzeiro (SP) e seguir pela BR-116 (Via Dutra). A alternativa aumenta a distância do trajeto e pode elevar o tempo de viagem.
O trecho da BR-354 em Itamonte já vinha enfrentando interdições desde 27 de dezembro de 2024, após fortes chuvas que causaram deslizamentos e quedas de árvores sobre a pista — problema que chegou a bloquear completamente a estrada.
Em abril de 2025, a via havia sido liberada para todos os tipos de veículos, após mais de 100 dias de bloqueio.
No entanto, em 6 de março de 2025, a rodovia foi novamente fechada, após nova ocorrência de deslizamento, o que evidencia a vulnerabilidade do trecho a chuvas e instabilidades geológicas.
A Serra da Mantiqueira, por sua estrutura montanhosa e por abrigar importantes vias de ligação entre estados, tem papel estratégico no trânsito entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A interdição da BR-354 na altura de Itamonte interrompe uma rota tradicional de travessia da serra, afetando turistas, transportes de carga e moradores da região.
Além do impacto logístico, o bloqueio também traz risco de isolamento para localidades de montanha, complicando o acesso a serviços e dificultando alternativas de deslocamento num contexto de clima instável.
As equipes do DNIT e da PRF seguem com os trabalhos de remoção das árvores e barreiras que bloqueiam a pista. A liberação dependerá de aval técnico quanto à segurança viária.
A PRF recomenda atenção redobrada dos condutores, evita trafegar pelo trecho bloqueado e seguir pelas rotas alternativas recomendadas. Também é aconselhável que motoristas consultem as condições da estrada antes de viajar.
Enquanto a situação não se normaliza, autoridades e moradores da região aguardam definição de prazo para liberação do tráfego e avaliam possíveis intervenções estruturais para reduzir riscos em trechos sujeitos a deslizamentos.


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