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Filho é detido em Manaus, AM após circular com pai morto em cadeira de rodas para tentar empréstimo bancário

Homem de 42 anos alegou que precisava do dinheiro para comprar alimentos e itens de higiene. Polícia investiga possível vilipêndio de cadáver e tentativa de estelionato.

Por Redação | Portal A Gazeta RM

Um homem de 42 anos foi detido na última sexta-feira (7), após ser flagrado circulando com o pai, de 77 anos, já sem vida, em uma cadeira de rodas, no centro de Manaus (AM). O caso chamou a atenção de populares que perceberam que o idoso permanecia imóvel e acionaram a Polícia Militar.

Conforme o delegado Adanor Porto, o suspeito alegou estar desempregado e disse que havia levado o pai até uma agência bancária visando solicitar um empréstimo. Ele justificou que pretendia usar o valor para comprar alimentos e itens de higiene, pois ambos enfrentavam dificuldades financeiras.

O capitão A. Carvalho, do Comando de Policiamento Ostensivo, relatou que o filho acompanhava o pai o tempo todo, “aparentemente sem perceber que ele já havia falecido”.

Segundo informações do delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, o perito que atendeu a ocorrência constatou sinais de rigidez cadavérica, mas não conseguiu determinar, de imediato, o tempo exato da morte. “Somente com os laudos definitivos do Instituto Médico Legal (IML) e da perícia criminal será possível esclarecer quando, de fato, ocorreu o óbito e se houve algum tipo de crime”, explicou Albino.

O corpo da vítima apresentava feridas que, segundo avaliação preliminar da perícia e relatos de familiares, podem estar relacionadas a comorbidades preexistentes. O idoso era hipertenso, diabético, fazia uso de bolsa de colostomia e apresentava quadro clínico severamente debilitado.

Se for comprovado que o homem retirou o pai de casa já morto visando obter vantagem financeira, ele poderá responder por vilipêndio de cadáver. “Além disso, poderá ser responsabilizado por tentativa de estelionato, caso tenha efetivamente tentado realizar a transação financeira”, afirmou o delegado Adanor Porto.

Até o momento, não há indícios de maus-tratos. A Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais para decidir quais medidas legais serão adotadas.

Fotos: Patrick Marques – Arquivo pessoal

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