Por Ascom PMP
O Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI) de Pindamonhangaba, inaugurado em 6 de junho de 2022, realizou 2.330 atendimentos até o momento.
A unidade tem se destacado como um importante recurso para a proteção e recuperação de vítimas de violência. Dentre os seus atendimentos, se destacam triagens, acolhimentos e suporte social, psicológico e jurídico. As iniciativas do CRAVI têm como foco não apenas para as vítimas diretas, mas também para as indiretas, promovendo um ambiente de apoio e solidariedade. O equipamento é uma parceria entre a Prefeitura, Governo do Estado (por meio de um programa da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado) e Ministério Público e visa realizar atendimento a qualquer pessoa que se sinta vítima direta ou indireta de crimes contra a vida, como tentativas e realizações de homicídio, feminicídio, latrocínio ou qualquer outro crime de natureza grave.
Com apenas 17 meses de atividade, o CRAVI já organizou diversos eventos para educar a comunidade. Em março de 2023, por exemplo, uma equipe de assistentes sociais participou de uma intervenção no litoral norte de São Paulo, prestando apoio psicossocial para as vítimas do desastre em São Sebastião. No mesmo mês, em comemoração ao Mês da Mulher, a unidade promoveu um evento com a presença de aproximadamente 60 mulheres, oferecendo palestras sobre empoderamento e serviços de saúde e de beleza.
Em comemoração ao mês das crianças em 2024, o Centro de Referência e Apoio à Vítima realizou um passeio com os atendidos para visitarem a fábrica da Nestlé, em Caçapava. Com o intuito de promover lazer, momentos de distração e bem-estar para os atendidos, contribuindo com o processo psicológico.
Mais sobre o CRAVI
Quando a vítima procura o CRAVI, é realizada uma triagem para averiguar a natureza da violência. Sendo identificada a natureza grave, prossegue para a etapa do acolhimento, onde a vítima passa por um pré-diagnóstico para identificar a demanda da pessoa e se ela vai precisar de um acolhimento social, psicológico ou jurídico.
Sendo caso de atendimento do CRAVI, a vítima recebe assistência da equipe técnica, que inclui psicólogos e assistentes sociais. Essa assistência dura de um a três encontros, onde a equipe técnica procura conhecer mais a pessoa e entender a violência e qual o impacto aquilo causou em sua vida. Após esses encontros, a equipe de assistência social consegue identificar a demanda necessária para ajudar essa pessoa, como a inserção em programas sociais, atendimento psicológico, ou até mesmo orientações jurídicas.
Enquanto a pessoa estiver vulnerável por conta do trauma ocasionado pela violência, ou pela tentativa dela, o CRAVI segue dando apoio. Dependendo do caso, o acompanhamento psicológico pode durar até dois anos, para que a vítima se fortaleça, e encontre meios para prosseguir. Enquanto ela não tiver condições para isso, ela continuará recebendo esse auxílio do CRAVI.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Ana Paula Miranda, o CRAVI busca promover o reconhecimento e o acesso aos direitos humanos às vítimas de violência, seus familiares e pessoas próximas, contribuindo para a consolidação dos direitos humanos e o exercício da cidadania, promovendo o pleno acesso à justiça.
“O objetivo do CRAVI é dar apoio, atendimento social e psicológico às vítimas e pessoas que presenciaram situação de violência grave, consumada ou tentada, como casos de homicídio, feminicídio, latrocínio ou qualquer outra ação de natureza grave”, explicou a secretária.
Caso o atendimento não seja de natureza atendida pelo Centro de Referência, a vítima é encaminhada para órgãos parceiros, como Delegacia de Defesa da Mulher, Centro de Atendimento Psicossocial, Ordem dos Advogados do Brasil ou rede de saúde básica.
O CRAVI fica na Rua José Antônio Salgado, 101, Bosque, e atende pelos telefones (12) 3550-0507 e (12) 3550-0508.
Foto: Divulgação | PMP