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Cesta básica sobe pelo sétimo mês seguido no Rio e pressionou o bolso da população

Presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, aposta na negociação diretamente com o fornecedor para a redução do preço da cesta básica fluminense

Por Gutenberg Barbosa – Arteiras

O custo da cesta básica voltou a subir no Rio de Janeiro em março. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta foi de 2,53% no mês, a sétima consecutiva e a terceira acima da média nacional. Com o aumento, o valor da cesta chegou a R$ 835,50, mantendo a capital fluminense como a segunda mais cara do país, atrás apenas de São Paulo (R$ 880,72).

A alta de março contrasta com o cenário do mesmo mês do ano passado, quando houve deflação de 2,47%. A pressão sobre os preços é pesada especialmente para as famílias cariocas, que destinam a maior parte da renda à compra de alimentos e bebidas.

Os produtos mais desenvolvidos para o aumento estão o café em pó, impulsionados pela escassez de estoques no mercado internacional; o tomate, com menor oferta devido ao fim da safra de verão; e o leite integral, com demanda firme em plena entressafra.

Para o presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (ASSERJ), Fábio Queiróz, apesar do estado possuir a segunda cesta mais cara do país, os supermercados fluminenses vêm fazendo um grande esforço para mudar o cenário. “Temos consciência de que os preços de alguns produtos são muito elevados. Desta forma, eles acabam impactando diretamente no orçamento das famílias. A nossa luta para que essa redução aconteça é diariamente. Muitas negociações são feitas diretamente com os fornecedores para isso acontecer. Este é um esforço conjunto que os supermercadistas do Rio de Janeiro têm realizado nos últimos meses para que a população possa comprar mais produtos a um preço menor” , explica Queiróz.

Se por um lado houve inflação em alguns itens que compõem a cesta básica, por outro, outros relataram queda, como a carne bovina, beneficiada pela maior oferta interna; o arroz agulhinha, que melhora em queda graças ao aumento da oferta e à redução no custo do produto importado; e o óleo de soja, impactado positivamente pelas projeções de uma boa safra.

No acumulado do primeiro trimestre, o aumento no custo da cesta básica no Rio de Janeiro foi de 7,14%. Trata-se do terceiro maior entre as capitais evidenciadas, atrás apenas de Salvador (8,51%) e Fortaleza (7,97%). A variação carioca superou com folga a média nacional do período, de 4,49%, diminuindo perda expressiva no poder de compra da população.

Foto: Divulgação

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