Por Redação | Portal A Gazeta RM
Os coletores de lixo de Cruzeiro enfrentam uma realidade difícil, marcada por salários atrasados, benefícios não pagos e condições de trabalho precárias. Conforme os trabalhadores, a situação tem piorado constantemente, com o Vale Refeição e Vale Alimentação também sendo frequentemente pagos com atraso. Além disso, o setor de Recursos Humanos (RH) da empresa Electra Serviços de Infraestrutura Urbana Ltda, responsável pela gestão da coleta, tem cometido erros recorrentes no pagamento dos salários, com valores faltando a cada pagamento.
Os funcionários relatam que é praticamente impossível conseguir falar com um responsável da empresa, sendo necessário depender de intermediários, como o encarregado, para resolver qualquer pendência. A falta de comunicação e a ausência de uma resposta eficaz aumentam o descontentamento entre os trabalhadores.
Outro problema enfrentado pelos coletores de Cruzeiro é a frota de veículos. A cidade conta com apenas dois caminhões para atender toda a área, o que significa que, quando um dos veículos quebra, os trabalhadores precisam esperar a liberação do caminhão para poderem retomar o trabalho. Essa situação, segundo os relatos, gera longas jornadas de trabalho, muitas vezes sem hora certa para terminar. Os coletores não recebem horas extras, e já houve situações em que muitos chegaram em casa durante a madrugada devido aos atrasos provocados pela manutenção dos caminhões.
Além disso, as condições precárias dos veículos, que muitas vezes se encontram em estado de sucata, agravam ainda mais o problema, tornando a tarefa dos coletores mais difícil e perigosa. Muitos dos trabalhadores expressam que estão apenas buscando condições dignas de trabalho e o devido reconhecimento pelos serviços prestados.
Os funcionários pedem que a empresa cumpra com suas obrigações, pague seus salários e benefícios em dia, forneça as condições adequadas para o trabalho e, acima de tudo, respeite os direitos dos trabalhadores, oferecendo um ambiente de trabalho mais seguro e justo. A situação tem gerado uma crescente insatisfação entre os profissionais, que buscam um posicionamento claro da empresa sobre o futuro da prestação de serviços.
Foto: Divulgação/PMC