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Polícia Civil do RJ prende 30 pessoas em operação contra quadrilha de roubo e extorsão de celulares

Por Redação | Portal A Gazeta RM

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (18), a Operação Omiros, visando desarticular uma quadrilha especializada no roubo e extorsão de celulares. A ação, coordenada pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), resultou na prisão de 30 suspeitos e no cumprimento de parte dos 43 mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Especializada do Rio de Janeiro.

Durante a operação, algumas equipes foram recebidas a tiros em endereços monitorados pela investigação. A quadrilha atuava de forma organizada e violenta, impondo ameaças físicas e psicológicas às vítimas para que fornecessem senhas e acessos aos aparelhos roubados.

Modus operandi e áreas de atuação

Os criminosos agiam em áreas estratégicas da capital e da Baixada Fluminense, aproveitando a grande movimentação de pessoas para realizar os assaltos. Entre os principais locais de atuação da quadrilha estavam:

📍 Entorno da Central do Brasil – Centro do Rio de Janeiro
📍 Calçadão de Bangu – Zona Oeste
📍 Centro de Duque de Caxias – Baixada Fluminense

Para garantir o domínio da atividade criminosa nessas áreas, os líderes do grupo forneciam armas aos assaltantes e estabeleciam acordos com traficantes locais. Esses pactos garantiam que os roubos ocorressem com a “autorização” das facções criminosas, em troca de uma parte dos lucros obtidos com os crimes.

Ameaças e extorsão das vítimas

Além do roubo, a quadrilha contava com um núcleo especializado em extorsão, que empregava diferentes métodos para coagir as vítimas e obter pagamentos ou informações sigilosas. Segundo a polícia, as práticas incluíam:

  • Ameaças diretas via WhatsApp e SMS – Os criminosos enviavam fotos de armas e dados pessoais das vítimas (como endereço e nome de familiares) para gerar medo e forçar a cooperação.
  • Uso de informações da “dark web” – O grupo acessava bancos de dados clandestinos para obter mais detalhes sobre as vítimas e aumentar a credibilidade das ameaças.
  • Golpes de “phishing” – Mensagens falsas eram enviadas para enganar as vítimas e fazê-las inserir senhas bancárias e credenciais de aplicativos em sites fraudulentos.
  • Pressão psicológica e chantagem financeira – Algumas vítimas eram obrigadas a realizar transferências bancárias sob ameaça de ter seus dados vazados para facções criminosas.

Quando os criminosos não conseguiam desbloquear os aparelhos, os celulares eram desmontados e vendidos como peças em oficinas clandestinas.

Estrutura financeira e ostentação do crime

A investigação da DDSD também revelou que a quadrilha possuía um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, utilizando laranjas e empresas fictícias para movimentar os valores obtidos com os crimes.

Parte do lucro era usado para financiar um estilo de vida de luxo para os líderes do esquema. Postagens nas redes sociais mostravam os criminosos ostentando carros importados, joias, viagens e festas, tudo bancado pelo dinheiro das extorsões e da revenda dos celulares.

Significado da Operação Omiros

O nome “Omiros” tem origem na língua grega e significa “refém”, fazendo alusão ao terror psicológico imposto às vítimas pelos criminosos.

A Polícia Civil segue com as investigações para capturar os 13 foragidos da operação e desarticular totalmente a quadrilha. Qualquer informação sobre os suspeitos pode ser repassada anonimamente ao Disque-Denúncia (2253-1177).

Fique atento! Caso seja vítima de roubo de celular, evite fornecer senhas ou informações bancárias. Denuncie imediatamente às autoridades e tente bloquear seu aparelho por meio da operadora e do sistema do fabricante.

Foto: Reprodução

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